Entre e Fique à Vontade!



Oi, amigo! Seja muito bem vindo BLOG LUZ E PAZ! Ele foi criado para refletirmos um pouco sobre nossa vida espiritual e física. Aqui, eu falo o que penso e sinto. Você também!"



Photobucket


Photobucket




"Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma. Como o corpo que se lava não fica sujo, sem oração, se torna impuro." Ghandi

VIVER NA LUZ!

MANTER A CASA LIMPA - MARIA - AUTRES DIMENSIONS




Eu sou Maria, Rainha dos Céus e da Terra.

Eu venho a vocês, meus filhos, excepcionalmente, rodeada pelos Quatro Viventes.

Eu desejo boas vindas a vocês, bem amadas almas de Luz e da Fonte.

Vocês, que têm vivido tantas e tantas peregrinações, chegaram, hoje, neste Santo Dia, não ao fim do seu caminho, mas ao início de um caminho iluminado de um modo novo, cingidos de um modo novo, Mestres de sua Fonte, Mestres de si mesmos, Mestres do que vocês são.

Eu venho rodeada do que eu denominei os Quatro Viventes, os quatro Santos Tronos mais próximos do Pai, mais perto da sua Fonte única, mais perto da minha Fonte única, da nossa Fonte única, a nós todos, as partículas vivas que entraram nas danças da Vida, em éons sucessivos, em tempos sucessivos, em momentos sucessivos, para entrar na ronda da encarnação e da desencarnação, nas rondas da vida eterna, para mais e mais transparência, luminescência, radiância, beleza.

Queridos filhos, vocês agradam ao meu coração, vocês agradam à minha Fonte ao vê-los assim, reunidos, trabalhando para o seu próprio caminho, para o seu próprio destino de Luz.

Vocês todos, aqui presentes, são os precursores, os iniciadores da Luz, não parte nova, mas revelada a uma oitava superior do “Eu Sou”, d’Aquele que é.

Nós iremos empreender, além das palavras, além das imagens, um trabalho pelo meu Santo coração de mãe, ajudada pelos Quatro Viventes, um trabalho de agradecimento ao modo das hierarquias as mais altas, de incorporação, de iluminação, de ampliação do que vocês são.

Bem amadas almas de Luz, bem amadas almas da Fonte que trabalham em toda transparência para a Luz e pela Luz, vocês irão penetrar hoje um santuário.

Esse santuário é aquele da pura Luz sem movimento, da pura Luz sem imagem, da pura Luz que é.

Basta simplesmente fazer o silêncio, colocar à escuta o conjunto do que vocês são, a fim de se deixar penetrar não tanto pelo coração da mãe que eu sou, mas pela energia daqueles que me apoiam nas quatro direções: os Quatro Viventes.

Nós iremos começar agora esse trabalho no maior recolhimento, no maior silêncio, na escuta, na aceitação da totalidade da Divindade aqui presente.

O primeiro Vivente se instala...

O segundo Vivente se apresenta...

O terceiro Vivente se difunde...

E o quarto Vivente se acende agora.

Assim, meus bem amados filhos de Luz e da Fonte, vocês, por isso, portam as quatro lâmpadas, depositadas em sua estrutura, para constituir, em seu centro, essa pirâmide de Luz que vocês são e que irá permitir-lhes, no momento oportuno, ascensionar.

Bem amadas almas de Luz, eu os deixo por alguns instantes do seu tempo para integrar totalmente a energia dos Quatro Viventes, a presença dos Quatro Viventes em vocês...

Que toda alma que cruze essa porta seja bem-vinda porque é o Espírito Santo que a envia, que ela tome assento entre nós e recolha o que deve receber.

Bem amadas almas de Luz, vamos agora responder, se for possível, às suas perguntas.

Pergunta: como se liberar desses bloqueios para acolher as energias Divinas?

Querida alma de Luz, nos tempos de minhas encarnações passadas, eu teria dito para orar.

Para os tempos que vêm, eu falarei em recolhimento, para se fortalecer em si mesmo, porque os mundos espirituais que lhe dão medo estão no interior de sua presença.

Convém então se iluminar no interior, por um trabalho de mestria de Luz, de mestria consciente de sua Fonte.

Quando tiver iluminado o suficiente o seu interior, sua Fonte, você se aperceberá de que havia apenas sombras, poeiras, coisas que, por jogos de apego, permaneceram no interior quando não tinham nada para ali fazer.

Não se esqueça das palavras que você tanto ama: “mantenham sua casa limpa porque você não sabe quando o Mestre voltará”.

Pergunta: como ajudar um filho a transformar seu caminho de sofrimento?
Querida alma de Luz, o sentido do sacrifício é um sentido inscrito em cada mãe que dá à luz.

A criação é sacrifício, mas em caso algum esse sacrifício deve levar a assumir outros sacrifícios que aquele da criação.

Em alguns textos santos, meu próprio Filho foi capaz de dizer que eu não era sua mãe, para me apresentar como a mãe daquele que não era meu filho.

Há, aí, um grande milagre, que não é mais um sacrifício, mas que é a compreensão da justeza.

Enquanto você quiser ajudar aquela que você considera sua filha, em uma filiação de natureza carnal, em caso algum você poderá liberá-la e ajudá-la, no sentido em que você deseja ajudá-la.


A ajuda não é, em caso algum, um aprisionamento.

A ajuda é uma liberação, a ajuda é algo que libera.

Enquanto o trabalho que vocês imaginam ser de pura Luz, em qualquer relação de ajuda ao outro, não traz esses frutos, ele não é, então, um trabalho de Luz, mas um trabalho de apego e não de liberação.

É preciso, querida alma de Luz, que você chegue, no espaço de um instante, a imaginar que você ajuda essa pessoa como uma alma que não está ligada a você, porque ela não está no nível de consciência no qual vocês penetram.

Vocês estão ligadas apenas a uma única coisa, que é a sua Fonte que, ela própria, está conectada ao que nós chamamos de Pai.

Tenho dito.

Pergunta: como ajudar os filhos a se desenvolver?

Querida alma de Luz, recaímos na mesma problemática das prisões.

Quem colocou as cadeias?

Quem mantém as cadeias?

Quem tem medo, por sua descendência, por sua prole?

Quem recusa deixar a liberdade?

Quem recusa deixar se expressar a totalidade dos filhos que colocamos no mundo, todos, uns como os outros?

O que é que faz com que fiquemos apegados, aprisionados a essas relações que não têm mais razão de ser na quinta dimensão que chega?


A filiação não é, em sentido algum, um encadeamento, e o encadeamento não é sempre colocado por aquilo que acreditamos.

São nossos próprios limites, nossos próprios medos, que nós projetamos em nossa descendência, nossos próprios medos, nossas próprias incapacidades para liberar o que há em nós, que não liberamos em nós.

Certamente, com uma visão próxima, nós poderíamos dizer isso provocando consequências nefastas, mas com uma visão um pouco mais ampla, um pouco mais amorosa, nós iríamos compreender que o que mantemos é uma cadeia (e não um fator de segurança, não um fator de desenvolvimento do ser), um fator de limitação que pode, em certos casos, fazer secar mais depressa o que ainda não eclodiu.

Não há medos nem prejulgamentos a fazer sobre o que irá acontecer, mesmo se uma etapa preliminar possa parecer como desestabilizadora, como desestruturante.

Jamais esqueçamos a metamorfose.

O que está em uma forma deve, às vezes, se destruir, para renascer em outra forma.

O que aparece como uma experiência, em um dia, aparece como uma liberação algum tempo depois.

Há sempre um momento em que é preciso ser capaz de relaxar totalmente, para que a borboleta voe.

Não há cadeias, não há apegos, senão aqueles que vocês imaginaram, desde eternidades.

Há liberação apenas do que vocês imaginam no seu presente, que irá lhes permitir ter um futuro e um presente próximo, totalmente livre de todas as cadeias.

Há apenas os apegos que vocês bem desejarem trazer.

Há apenas apegos e cadeias que correspondem a passos não iluminados que são, em certos aspectos, manifestações da sua alma.

E, portanto, não pode haver mensagem senão aquela que consiste em dizer-lhes: portadores das quatro lâmpadas, dos quatro Viventes, resta-lhes construir a pirâmide, atingir o cume.

Para isso, vocês devem, a cada minuto que anima sua vida, a cada minuto da sua encarnação, agir em estado de ressonância, em estado de justeza e de sincronia, não em relação à sua educação, não em relação a regras de condutas antigas, mas em relação à justeza da vibração que os percorre.

É muito fácil, na realidade, sentir a justeza de uma ação, a justeza de uma palavra, de um comportamento, de uma abertura de consciência em função da ressonância de alinhamento com sua Fonte.

Eu os amo, eu os abençoo.

Eu sou Maria, Rainha dos Céus e da Terra.


Enviado por Rosa
Mensagem da Amada e Divina MARIA no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=29
1º de julho de 2005

Tradução para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com

http://www.minhamestria.blogspot.com





*   *   *






CRISTO - 24-05-2007- AUTRES DIMENSIONS




Eu os saúdo e os abençoo, queridos Filhos, queridos Irmãos na humanidade.

Eu venho a vocês a fim de apaziguar, a fim de abençoar sua Divindade, sua Unidade e seu caminho da Verdade, neste espaço sagrado da sua Terra, em seu espaço sagrado que é aquele de um momento tão aguardado do seu planeta.

Bem amados Irmãos, bem amados Filhos, eu os saúdo, eu que toquei esta Terra há dois mil anos, eu que sacrifiquei minha encarnação a fim de permitir a este planeta elevar-se para sua sacralidade.

Eu venho a vocês, hoje, neste momento abençoado, neste momento imediatamente anterior a um período importante deste planeta.

Na realidade, dentro de alguns dias vocês irão viver e experimentar a totalidade da descida do Espírito, em seus corpos, em suas mentes, em suas almas, a fim de preparar um fenômeno descrito por vários médiuns, vários iluminados sobre este planeta, desde agora mais de vinte anos.

Esse processo que muitos chamaram de Ascensão é um processo que se aplica durante este ano tão especial.

Cabe a vocês, hoje, mais do que nunca, encontrar sua Unidade, encontrar sua Unidade fundamental a fim de permitir ao seu ser, em sua totalidade, preparar o fenômeno ascensional que vocês irão viver durante este período abençoado e tão caro do Natal deste ano.

De fato, o Pai, em sua misericórdia, vai mudar com sua mão, com seu Sopro, com seu Espírito, as posições dos planetas ao redor do Sol.

Vocês irão viver momentos inéditos, vocês irão viver momentos de grande influência ao nível do coração, momentos de reconciliação, digamos, que vão permitir-lhes reintegrar sua Unidade primeira, reintegrar sua conexão com a Fonte, sua conexão com o Pai e sua reconexão, evidentemente, com si mesmo.

Queridos Filhos, uma grande divulgação, uma grande apresentação deverá ser feita com estas palavras que eu anuncio a vocês neste dia que antecede o dia de Pentecostes.

Cabe a vocês irradiar.


Cabe a vocês, hoje, mais do que nunca, esforçar-se para reencontrar sua Divindade, a fim de permitir à totalidade do seu ser escapar aos condicionamentos que foram os seus, desde agora milhares e milhares de anos.

Cabe a vocês desvencilhar-se de tudo o que impede de ir à sua Divindade, de tudo o que é resistência em torno da Unidade.

Não vejam nos eventos exteriores, qualquer que seja a duração desses eventos, algo que seja duradouro, no interior de vocês.

Quanto menos houver resistências, mais o caminho será fácil, mais será fácil para vocês passar o buraco da agulha se vocês se desvencilharem do que não é vocês, se vocês de desvencilharem do que é obstáculo à sua Divindade.

Não cabe mais a vocês sofrer, não cabe mais resistir à sua Divindade.

Através do seu ego, através da sua personalidade, vocês construíram, gradualmente e à medida de suas vidas, uma série de obstáculos à Divindade.

Em alguma parte, em sua Essência, permaneceu, em um canto, a promessa do retorno à Unidade.

O dia do retorno à Unidade se aproxima a grandes passos agora, estejam certos.

Cabe a mim, neste dia abençoado, anunciar-lhes o retorno à Unidade, cabe a mim, neste dia abençoado, reforçá-los em sua Divindade, reforçá-los em sua essencialidade.

É inegável que o esforço a fazer é não resistir, que o esforço a fazer é acolher de braços abertos a Divindade que chega para vocês, é festejar isso como reencontros, como um filho que reencontraria seu pai depois de ter experimentado uma série de coisas, muito longe de casa.

O momento do retorno ao lar, agora, chegou.

Nesses tempos reduzidos que lhes resta agora a cumprir, é-lhes pedido, com insistência, para percorrer uma ligeireza de caminho no interior do seu ser, qualquer que seja a gravidade do seu exterior.

Na realidade, a Terra, neste período de sacralização, abriga seres humanos que recusam, a maioria, infelizmente, esta sacralização.

Cabe a vocês iluminar seus Irmãos na humanidade.

Cabe a vocês irradiar este Amor que os habita, irradiar a Divindade que será sua nos próximos dias, a fim de que um máximo de seus Irmãos e Irmãs possa aceder a esta Dimensão nova que estará aí, sem dúvida, no fim deste ano.

Queridos Irmãos e Irmãs na humanidade, eu estou com vocês por toda Eternidade, eu estou no seu coração, eu estou em suas células, eu estou no seu Espírito porque este é o meu destino e este é, também, o seu destino.

Nesses dias abençoados, cabe a vocês desengajar-se de tudo o que não é vocês, da ilusão da sua personalidade, desengajar-se, também, das doenças que os atravancam, que os impedem de aceder à total luminescência do ser que vocês são.

A doença não tem mais andamento, a doença não existe mais para aqueles que olham o Pai direto nos olhos.

Aqueles que acolhem a minha Presença em seu ser não podem mais apresentar esta ilusão da sombra e da doença.

É de sua responsabilidade, hoje, atenuar seus sofrimentos, estreitando sua personalidade.


É de sua responsabilidade, hoje, encontrar o caminho da Unidade e deixar fusionar em vocês a Luz do Espírito, aquela que lhes permite, estejam certos, ser, um a um, chamados em meio à Luz e acompanhar essa maravilhosa embarcação que é a sua Terra, que é a nossa Terra, para um futuro glorioso, para um futuro radiante onde a sombra não existe mais, onde a divisão não existe mais, onde tudo é apenas Alegria, onde tudo é apenas beleza, onde tudo é apenas transparência e impermanência.

Queridos Filhos, eu lhes prometo que nesses tempos abençoados, a hora da libertação do sofrimento, enfim, soou.

Ele se apaga a grandes passos na condição de que vocês nada façam para retê-lo, na condição de que vocês abram, totalmente, o seu coração e o seu Espírito para a totalidade da Divindade que vocês são.

Convém, nisso, abandonar os jogos estéreis da divisão, do olhar lançado com depreciação uns sobre os outros, do olhar lançado sobre os outros sem Amor, que tem sido o de vocês em sua experiência de vida de 3ª Dimensão e que convém, hoje, superar totalmente, à Luz da Divindade, à Luz da Unidade.

É extremamente importante, hoje, divulgarem essas palavras, meus Filhos.

A Luz se revela neste final de ano.

A Luz total não permite mais que a sombra venha macular seus corpos, venha macular a Terra.

Um mundo de Luz sem fim é-lhes prometido, um mundo de Luz sem divisão é-lhes, assim, acessível.

Cabe a vocês irradiar esta promessa que eu faço a vocês, neste dia, para transmitir, a todo ser que vocês atraírem, pelo silêncio, pelo olhar, pela palavra, pelo contato ou pelo pensamento, esta energia da Divindade que está chegando, esta energia da Divindade que não encontra mais resistência, esta energia da Divindade que se instala na perenidade, esta energia da Divindade que é Luz eterna, Luz criadora, Luz que vocês chamam de 5ª Dimensão.

Esta 5ª Dimensão tão aguardada por alguns, tão temida por outros, chega a vocês em uma escala que ninguém pode infringir, que ninguém pode eliminar, que ninguém pode remover.

Assim decidiu o Pai para o bem-estar da sua humanidade, para o bem-estar da vida, para o bem-estar da Luz, para o bem-estar da Divindade, e para acessar todos esses parâmetros em uma outra dimensão, em uma dimensão elevada onde a sombra, eu repito, não tem mais lugar.

Queridos Filhos, como eu dizia durante a minha vida, vão anunciar a boa nova: a sacralização do planeta e dos seres que a desejarem foi traçada para uma data que não pode ser alterada, para uma data que foi fixada porque tal é a vontade do Pai.

Pertence a vocês, doravante, durante os tempos que os separam desta Ascensão, desligar-se, ainda uma vez, de tudo o que não é vocês: das suas sombras, das suas doenças, dos seus apegos.

Convêm a vocês reencontrarem-se vocês mesmos, frente a vocês mesmos, frente à Luz que vocês são.

Vocês são Luz desde toda a Eternidade e vocês irão revelar, em vocês, esta Luz que a experiência da encarnação afastou de vocês.

Queridos Filhos, anunciem a palavra e, sobretudo, irradiem, irradiem isso ao redor de vocês.

Que a Paz esteja com vocês, queridos Filhos, sejam Luz, sejam Unidade.

Eu transmito a minha Paz a vocês.

Sejam os embaixadores da minha Paz, sejam os embaixadores do meu Amor, sejam a Paz, se vocês bem o quiserem.

No que se refere a esse processo que eu lhes anunciei neste dia abençoado, eu quero muito prosseguir, se suas perguntas forem referentes a esse processo.

Pergunta: poderia nos falar dos agrupamentos, das reuniões e do período dos ‘3 dias’?
Os períodos de agrupamento ocorrerão depois deste período ascensional, depois dessa grande tribulação.

Os ‘3 dias’ correspondem, presumivelmente, a este período ascensional de mudança de localização planetária.

Isso ocorre.

Vocês terão mais informações, como isso já foi dito em várias ocasiões, por muitas entidades de Luz sobre este planeta.

Minha Mãe irá se dirigir a vocês, a cada um de vocês, pessoalmente, para dizer-lhes: “mantenham-se prontos, a hora do Senhor está aí”.

Vocês serão notificados, individual, pessoal e coletivamente, pela minha Mãe, setenta e duas horas antes do período.

Pergunta: o que será conveniente fazer durante esses ‘3 dias’?
Isso será revelado naquele momento.

A coisa mais importante não é se projetar nesses ‘3 dias’, não é se projetar nesse basculamento importante, mas preparar este evento da mesma maneira que se prepara um aniversário, uma data importante, muito tempo antes, certificando-se de que a festa seja perfeita.

Para isso, convém fazer a limpeza no interior de vocês, tratar do que não foi resolvido.

Quais são os apegos que ainda animam sua alma?

Quais são os medos que ainda animam sua alma?

E encontrar os meios, através da certeza da Luz, através da certeza do meu Amor e daquele do Pai, da sua Divindade.

Gradualmente e à medida que vocês acolherem sua Divindade, e somente isso, o trabalho das últimas resistências far-se-á.

Pergunta: seremos ajudados pelos nossos Irmãos da Intraterra e da Extraterra?
Evidentemente.

Vários acontecimentos vão ocorrer.

Anunciamos para vocês a presença dos seus Irmãos do espaço e da Intraterra.

Esta revelação será feita de maneira abrupta durante seu verão (inverno, no hemisfério sul).

Vários fenômenos serão vistos, ouvidos e claramente identificados.

Pergunta: a oração é essencial?
Para aqueles que creem na oração, a oração do coração é essencial.

Mas quando eu falo de alinhamento e de olhar para o interior é já um ato de oração, evidentemente.

Se vocês têm necessidade de colocar palavras para voltar seu olhar para o interior, sua Essência para a interioridade, então empreguem as palavras, quaisquer que sejam, qualquer que seja o idioma.

O importante é o processo da consciência que se volta para a interioridade, para as modificações que estão prestes a chegar a seus seres, para esta elevação vibratória das suas células, dos seus átomos.
Somente isso deve estar no primeiro plano da sua evolução.

Pergunta: alguns já ascensionaram?
O fenômeno ascensional, querida alma, é um processo que alguns de vocês não podem se aproximar.

Trata-se do que poderíamos denominar, de algum modo, uma “pequena morte”, como o processo que antecede o fenômeno que vocês chamam de “saída fora do corpo” onde todas as referências se embaralham, onde o exterior não existe mais, onde uma intensa sensação de aspiração ocorre e onde alguma coisa sai de alguma coisa, comparável, efetivamente, ao processo de ascensão, mas acompanhado, não de um medo, mas de uma grande Alegria, de uma explosão da Luz, de uma intensa radiação.

Isso não corresponde a processos que vocês puderam, já, experimentar.

É um processo extremamente novo que se refere, para a maioria dos seres humanos encarnados, a um processo que jamais foi vivenciado.

Eu especifico que esse processo é perfeitamente natural, a partir do momento em que vocês tiverem limpado seu interior.

A partir do momento em que não há mais resistências, a partir do momento em que há a certeza da sua Divindade, da sua Unidade fundamental, não pode ali haver medo.

Apenas pode haver abertura, aceitação e ascensão.

Pergunta: você pode nos ajudar a superar esses medos e esses apegos?
O trabalho que deve ser feito é um trabalho pessoal interior.

Evidentemente, vocês serão ajudados pela elevação vibratória que já está aí.

Evidentemente, é-lhes concedido ter esse olhar interior com mais facilidade.

Isso é uma ajuda constante fornecida pelos Irmãos e Irmãs da Intraterra, mas também da Extraterra.

É importante deixar a vibração invadi-los.

Ela deve se tornar vocês.


Vocês devem se tornar esta vibração, esta Unidade porque é a vibração da Fonte que penetra em vocês, de hoje em diante.

Não há trabalho no sentido intelectual.

Eu bem disse que se tratava de soltar as resistências.

Que se tratava de aumentar em Luz, de aumentar em vibrações, de aumentar em irradiações.

Nisso, tudo o que vocês doarem aos seus Irmãos e Irmãs ser-lhes-á restituído cem vezes, como eu já havia anunciado.

Irradiem, doem este Amor, esta Luz e esta vibração, e seu interior iluminar-se-á.

Vocês não têm necessidade de se debruçar sobre seus medos existentes.

Vocês não têm necessidade de analisar intelectualmente quais são as resistências que estão em vocês.

Essas resistências irão desaparecer diante do seu trabalho de Luz.

Então, irradiem, transmitam suas bênçãos pela palavra, pelo silêncio, pelo gesto, pela oração, pela presença, simplesmente.

Contentem-se em emitir esta vibração cada vez mais e seu interior iluminar-se-á.

***

Queridos Irmãos e Irmãs na humanidade, eu vou, agora, deixá-los e eu peço a vocês, com insistência, para fazer passar a minha vibração a cada ser, por qualquer meio colocado à sua disposição.

Eu transmito minhas bênçãos a vocês.

Sejam abençoados.

Eu os amo e eu estou com vocês.


Enviado por Rosa
Mensagem do Bem Amado CRISTO no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=154
24 de maio de 2007

Tradução para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com

http://minhamestria.blogspot.com/



*   *   *


A NATUREZA DE DEUS







(33.1) 2:0.1 CONSIDERANDO que o conceito mais elevado possível que o homem pode fazer de Deus está abrangido na idéia e no ideal humano de uma personalidade primordial e infinita, torna-se admissível e mesmo útil, estudar certas características da natureza divina que constituem o caráter da Deidade. O melhor modo de compreender a natureza de Deus é pela revelação do Pai, tal como desenvolvida por Michael de Nébadon nos seus múltiplos ensinamentos e na magnífica qualidade da sua vida mortal na carne. O homem pode compreender melhor ainda a natureza divina, também, se ele considerar a si próprio como um filho de Deus e admirar o Criador do Paraíso como um verdadeiro Pai Espiritual.

(33.2) 2:0.2 A natureza de Deus pode ser estudada por meio de uma revelação de idéias supremas; o caráter divino pode ser considerado uma representação de ideais supernos; no entanto, a revelação mais esclarecedora e espiritualmente edificante da natureza divina é encontrada na compreensão da vida religiosa de Jesus de Nazaré, tanto antes quanto depois de haver atingido a plena consciência da sua divindade. Se tomarmos a vida encarnada de Michael como a própria base da revelação de Deus ao homem, podemos tentar expressar por meio de símbolos verbais humanos certas idéias e ideais a respeito da natureza divina, os quais irão contribuir certamente para uma futura iluminação e unificação do conceito humano da natureza e do caráter da personalidade do Pai Universal.

(33.3) 2:0.3 Todos os nossos esforços para ampliar e espiritualizar o conceito que os humanos têm de Deus se deparam com o imenso obstáculo da capacidade limitada da mente mortal. No cumprimento do nosso desígnio, da mesma forma, as limitações de linguagem e a pobreza do material que pode ser utilizado, no propósito de ilustrar ou de comparar, também prejudicam seriamente os nossos esforços de retratar os valores divinos e apresentar os significados espirituais à mente finita e mortal do homem. Os nossos esforços para ampliar o conceito humano de Deus seriam quase todos improfícuos, não fosse o fato de a mente mortal ser residida pelo Ajustador outorgado pelo Pai Universal e de estar impregnada pelo Espírito da Verdade, do Filho Criador. Dependendo, portanto, da presença desses espíritos divinos, dentro do coração do homem, para que o assistam na ampliação do conceito de Deus, eu empreendo, com alegria, a execução do meu mandado, que é tentar fazer uma descrição mais ampla da natureza de Deus para a mente do homem.

1. A Infinitude de Deus


(33.4) 2:1.1 “Ainda que no limiar do infinito, não podemos encontrá-Lo. Os passos divinos não são conhecidos.” “A Sua compreensão é infinita e a Sua grandeza é insondável.” A luz ofuscante da presença do Pai é tamanha, para as Suas criaturas mais baixas, que Ele aparentemente “habita na escuridão espessa”. Não apenas os Seus pensamentos e planos são inescrutáveis, mas “Ele faz um sem número de coisas grandes e maravilhosas.” “Deus é grande; não O compreendemos; nem pode o número dos Seus anos ser contado.” “Deus habitará de fato a Terra? Observai, o céu (o universo) e o céu dos céus (o universo dos universos) não podem contê-Lo.” “Quão insondáveis são os Seus julgamentos e quão indecifráveis os seus caminhos!”

(34.1) 2:1.2 “Não há senão um Deus, o Pai Infinito, que também é o Criador fiel.”“O Criador Divino é também o Ordenador Universal, é a fonte e o destino das almas. Ele é a Alma Suprema, a Mente Primordial e o Espírito Ilimitado de toda criação.”“O grande Controlador não comete erros. Ele é resplandecente em majestade e glória.” “O Deus Criador é totalmente desprovido de medo e de inimizade. Ele é imortal, eterno, auto-existente, divino e magnânimo.” “Quão puro e belo, quão profundo e insondável é o superno Ancestral de todas as coisas!” “O Infinito é ainda mais excelente, pois reparte a Si próprio com os homens. Ele é o começo e o fim, o Pai de todo propósito bom e perfeito.” “Com Deus todas as coisas são possíveis; o Criador eterno é a Causa das causas.”

(34.2) 2:1.3 Não obstante a infinitude das manifestações estupendas, da personalidade eterna e universal do Pai, Ele é irrestritamente consciente tanto da Sua eternidade quanto da Sua infinitude; do mesmo modo, Ele conhece totalmente a Própria perfeição e poder. Ele é o único ser no universo, além dos Seus coordenados divinos, a experimentar uma avaliação apropriada, perfeita e completa de Si próprio.

(34.3) 2:1.4 O Pai satisfaz, constante e infalivelmente, às diferentes necessidades de demanda de Si próprio, à medida que essa necessidade vai se alterando, de tempos em tempos, nas várias partes do Seu universo-mestre. O grande Deus conhece e entende a Si próprio; Ele é infinitamente consciente de todos os Seus atributos primordiais de perfeição. Deus não é um acidente cósmico; nem é um experimentador do universo. Os Soberanos do Universo podem empreender aventuras, os Pais da Constelação podem fazer experimentos; os líderes dos sistemas podem exercitar-se; mas o Pai Universal pode ver o fim, a partir do princípio; e o Seu plano divino e propósito eterno, de fato, abrangem e compreendem todos os experimentos e todas as aventuras, de todos os Seus subordinados, em cada mundo, sistema e constelação de todos os universos dos Seus imensos domínios.

(34.4) 2:1.5 Nada é novo para Deus e nenhum evento cósmico jamais surge como uma surpresa; Ele habita o círculo da eternidade. Os Seus dias não têm princípio nem fim. Para Deus não há passado, presente ou futuro; todo tempo é presente, em qualquer instante. É Ele o grande e único EU SOU.

(34.5) 2:1.6 O Pai Universal é infinito, absolutamente e sem quaisquer reservas, em todos os Seus atributos; e esse fato, em si e por si mesmo, isola-O, automaticamente, de toda comunicação pessoal direta com os seres materiais finitos e outras inteligências inferiores criadas.

(34.6) 2:1.7 E sendo assim, pois, tudo isso necessita de arranjos tais para os Seus contatos e a comunicação com as Suas múltiplas criaturas; e por isso ficou estabelecido, em primeiro lugar, o papel das personalidades dos Filhos de Deus no Paraíso, as quais, ainda que perfeitas em divindade, também participam, muitas vezes, da própria natureza do sangue e da carne das raças planetárias, tornando-se um de vós e um convosco; e desse modo Deus se faz homem, como ocorreu na outorga de Michael, que foi chamado intermitentemente de Filho de Deus e Filho do Homem. Em segundo lugar está a existência das personalidades do Espírito Infinito, as várias ordens de hostes seráficas e de outras inteligências celestes, que se aproximam dos seres materiais de origem inferior para ministrar-lhes ensinamentos e servir a eles, de tantas maneiras. E, em terceiro lugar, contamos com a existência dos Monitores Misteriosos impessoais, os Ajustadores do Pensamento, autênticas dádivas do grande Deus, Ele próprio, enviadas sem anunciação nem explicação, para residir em seres como os humanos de Urântia. Em profusão sem fim, eles descem das alturas da glória para conferir graças e residir nas mentes humildes daqueles mortais que apresentam capacidade de conhecer a Deus ou que têm potencialidade para realizar isso.








(35.1) 2:1.8 Dessas maneiras e de muitas outras, desconhecidas para vós e muito além da vossa compreensão finita, o Pai do Paraíso, voluntária e amorosamente condescende e, de várias formas, modifica, dilui e atenua a Sua infinitude, de modo a poder chegar mais perto das mentes finitas das Suas criaturas, os Seus filhos. E assim, por meio de uma série de distribuições de personalidade, em um grau cada vez menos absoluto, o Pai infinito capacita-Se para desfrutar de um contato estreito com as diversas inteligências dos muitos reinos do Seu vasto universo.

(35.2) 2:1.9 Tudo isso Ele fez, faz agora e continuará a fazer para sempre, sem a mínima redução, de fato e de realidade, na Sua infinitude, eternidade e primazia. E essas coisas são absolutamente verdadeiras, não obstante a dificuldade de compreendê-las; e apesar do mistério em que estão envolvidas, e ainda, apesar da impossibilidade de serem inteiramente compreendidas pelas criaturas, como as que residem em Urântia.

(35.3) 2:1.10 Posto que o Primeiro Pai é infinito, nos Seus planos, e eterno, nos Seus propósitos torna-se inerentemente impossível para qualquer ser finito, alcançar ou compreender algum dia esses planos e propósitos divinos na sua plenitude. Apenas de quando em quando, o homem mortal pode vislumbrar os propósitos do Pai, da forma como são revelados, aqui e acolá, em relação ao desenvolvimento do plano de ascensão da criatura, em níveis sucessivos na sua progressão no universo. Embora o homem não possa compreender, na sua totalidade, o que significa a infinitude, o Pai infinito por certo compreende plenamente, e abraça amorosamente a natureza finita de todos os Seus filhos, em todos os universos.

(35.4) 2:1.11 A divindade e a eternidade, o Pai as compartilha com um grande número de seres superiores do Paraíso; questionamos, todavia, se a infinitude e a conseqüente primazia universal seriam plenamente compartilhadas com qualquer deles além dos Seus coligados coordenados dentro da Trindade do Paraíso. A infinitude da personalidade deve, forçosamente, abranger toda a finitude da personalidade; e daí provém a verdade — a verdade literal — do ensinamento que afirma “Nele vivemos e movemos-nos e temos o nosso ser”. E o fragmento de pura Deidade, do Pai Universal, que reside no homem mortal, é uma parte da infinitude da Primeira Grande Fonte e Centro, o Pai dos Pais.

2. A Perfeição Eterna do Pai


(35.5) 2:2.1 Mesmo os vossos antigos profetas compreenderam a natureza circular eterna, sem princípio nem fim, do Pai Universal. Verdadeira e eternamente, Deus está presente no Seu universo dos universos. Ele habita o momento presente, com toda a Sua majestade absoluta e eterna grandeza. “O Pai tem vida em Si próprio, e essa vida é a vida eterna.” Através das idades eternas, tem sido o Pai que “a todos dá a vida”. Há perfeição infinita na integridade divina. “Eu sou o Senhor; Eu não mudo.” O nosso conhecimento do universo dos universos desvela que Ele não é apenas o Pai das luzes, mas também que na Sua condução dos assuntos interplanetários “não há variabilidade, sequer uma sombra de mudança”. “Do princípio, Ele prediz o fim”. Ele diz: “O Meu conselho perdurará; Eu farei tudo o que Me aprouver”, “de acordo com o propósito eterno que Me propus no Meu Filho”. Assim são os planos e os propósitos da Primeira Fonte e Centro, como é Ela própria: eterna, perfeita e, para sempre, imutável.

(35.6) 2:2.2 Nos mandados do Pai há a integridade final e a perfeição da plenitude. “Tudo o que Deus faz, será para sempre; nada pode ser acrescentado e nada pode ser retirado.” O Pai Universal não Se arrepende dos Seus propósitos originais de sabedoria e de perfeição. Os Seus planos são firmes, o Seu parecer imutável, enquanto os Seus atos são divinos e infalíveis. “Mil anos diante dos Seus olhos são apenas como o passar do dia de ontem ou como a vigília de uma noite.” A perfeição da divindade e a magnitude da eternidade estão, para sempre, além de uma apreensão completa da mente limitada do homem mortal.

(36.1) 2:2.3 As reações de um Deus imutável, no cumprimento do Seu propósito eterno, podem parecer variar de acordo com a atitude mutável e as mentes cambiantes das suas inteligências criadas, quer dizer, elas podem variar, aparente e superficialmente; sob a superfície e no fundo de todas as manifestações aparentes, contudo, permanece ainda presente o propósito imutável, o plano perpétuo do Deus eterno.

(36.2) 2:2.4 Nos universos afora, a perfeição deve necessariamente ser um termo relativo, mas, no universo central e, especialmente no Paraíso, a perfeição não é diluída; em certos domínios até mesmo é absoluta. As manifestações da Trindade fazem variar a exibição da perfeição divina, mas não a atenuam.

(36.3) 2:2.5 A perfeição primordial de Deus não consiste em uma retidão presumida, mas sim na perfeição inerente à bondade da Sua natureza divina. Ele é final, completo e perfeito. Nada há que falte à beleza e à perfeição do Seu caráter reto. E todo esquema de existências vivas, nos mundos do espaço, é centrado no propósito divino de elevação das criaturas de vontade, até o alto destino da experiência de compartilhar da perfeição do Pai no Paraíso. Deus não é autocentrado nem autocontido; Ele nunca cessa de conferir-Se a todas as criaturas conscientes do vastíssimo universo dos universos.

(36.4) 2:2.6 Deus é eterna e infinitamente perfeito, Ele não pode conhecer a imperfeição como uma experiência Sua, propriamente, no entanto, Ele compartilha da consciência de toda a experiência de imperfeição, de todas as criaturas em luta, em todos universos evolucionários, dos Filhos Criadores do Paraíso. O toque pessoal e libertador do Deus da perfeição paira sobre os corações e, no Seu circuito, abrange as naturezas de todas as criaturas mortais que ascenderam no universo até o nível do discernimento moral. Desse modo, tanto quanto por meio dos contatos da divina presença, o Pai Universal participa efetivamente da experiência com a imaturidade e com a imperfeição, na carreira evolutiva de todos os seres mortais no universo inteiro.

(36.5) 2:2.7 As limitações humanas e o mal em potencial não fazem parte da natureza divina, mas a experiência mortal e todas as relações do homem com o mal, certamente, são uma parte da auto-realização sempre expansiva de Deus, nos filhos do tempo — criaturas de responsabilidade moral que têm sido criadas ou que evoluíram por intermédio de todos os Filhos Criadores que vêm do Paraíso.

3. A Justiça e a Retidão

(36.6) 2:3.1 Deus é reto, portanto, é justo. “O Senhor é reto, em todos os Seus caminhos.” “‘De tudo o que fiz, nada foi sem uma causa’, diz o Senhor”. “Os juízos do Senhor são totalmente verdadeiros e corretos.” A justiça do Pai Universal não pode ser influenciada por atos nem realizações das Suas criaturas, “pois não há iniqüidade no Senhor, nosso Deus; não há favorecimento de pessoas, nem aceitação de oferendas”.

(36.7) 2:3.2 Quão fútil é fazer apelos pueris a este Deus, para que modifique os Seus decretos imutáveis, de modo a evitar as justas conseqüências da ação das Suas leis naturais e mandados espirituais retos! “Não vos enganeis; não se pode zombar de Deus; pois, do que semeardes, daquilo também colhereis.” Mas é verdade que, mesmo na justiça que vem da colheita plantada pelo erro, a justiça divina ainda tem a misericórdia a temperá-la. A sabedoria infinita é o árbitro eterno que determina as proporções da justiça e da misericórdia, a serem dispensadas em qualquer circunstância. A maior punição (na realidade, uma conseqüência inevitável) para o erro e a rebelião deliberados, contra o governo de Deus, é a perda da existência, como súdito individual do Seu governo. O resultado final do pecado pleno e deliberado é o aniquilamento. Em última análise, os indivíduos identificados com o pecado já destruíram a si próprios, ao tornarem-se inteiramente irreais por meio da adoção da iniqüidade. O desaparecimento factual de uma tal criatura, no entanto, é sempre retardado, até que a ordem comandada pela justiça corrente, naquele universo, haja sido inteiramente cumprida.

(37.1) 2:3.3 A cessação da existência geralmente é decretada no juízo dispensacional, ou no juízo epocal do reino ou dos reinos. Num mundo como o de Urântia, ela chega ao fim de uma dispensação planetária. A cessação da existência pode ser decretada, em tais épocas, pela ação coordenada de todos os tribunais da jurisdição, que vão desde o conselho planetário, passando pelas cortes dos Filhos Criadores, até os tribunais de julgamento dos Anciães dos Dias. O mandado de dissolução tem origem nas cortes mais altas do superuniverso, seguindo uma confirmação ininterrupta da sentença original, na esfera de residência do ser que adotou o mal; e então, quando a sentença de extinção houver sido confirmada do alto, a execução é feita por um ato direto dos juízes que residem e atuam nos centros do governo do superuniverso.

(37.2) 2:3.4 Quando uma sentença como essa é finalmente confirmada, é como se, instantaneamente, o ser, identificado com o pecado, não tivesse existido. Não há ressurreição desse destino; ele é perdurável e eterno. Os fatores da identidade da energia vivente são resolvidos nas transformações no tempo e pela metamorfose no espaço, nos potenciais cósmicos, dos quais emergiram certa vez. Quanto à personalidade do ser iníquo, é ela despojada do seu veículo de continuidade vital, em vista do fracasso de tal criatura ao efetivar as escolhas e as decisões finais que lhe teriam assegurado a vida eterna. Quando o abraçar contínuo do pecado, pela mente, culmina em completa identificação com a iniqüidade, então, ao cessar da vida, pela dissolução cósmica, essa personalidade isolada é absorvida na supra-alma da criação, tornando-se uma parte da experiência de evolução do Ser Supremo. Nunca mais aparece como uma personalidade. A sua identidade é transformada, como se nunca tivesse existido. No caso de uma personalidade residida por um Ajustador, os valores espirituais experimentados sobrevivem na realidade da continuidade do Ajustador.

(37.3) 2:3.5 Em qualquer contenda no universo, entre níveis factuais da realidade, a personalidade de nível mais elevado terminará por triunfar sobre a personalidade de nível inferior. Essa conseqüência inevitável, de uma controvérsia no universo, é inerente ao fato de que a divindade da qualidade é igual ao grau de realidade, ou de factualidade, de qualquer criatura de vontade própria. O mal não diluído, o erro completo, o pecado voluntário e a iniqüidade não mitigada são, inerente e automaticamente, suicidas. Tais atitudes de irrealidade cósmica podem sobreviver no universo apenas em razão da tolerância misericordiosa transitória que depende e aguarda a ação determinante nos mecanismos da justiça e da equanimidade da parte dos tribunais que buscam encontrar o juízo da retidão no universo.

(37.4) 2:3.6 O papel dos Filhos Criadores, nos universos locais, é o da criação e da espiritualização. Esses Filhos devotam-se à execução efetiva do plano do Paraíso, de ascensão mortal progressiva, de reabilitação dos rebeldes e dos pensadores em erro, mas, quando todos os seus esforços, repletos de amor, forem finalmente e para sempre rejeitados, o decreto final de dissolução é executado pelas forças que agem sob a jurisdição dos Anciães dos Dias.

4. A Misericórdia Divina

(38.1) 2:4.1 A misericórdia é simplesmente a justiça temperada por aquela sabedoria que surge da perfeição do conhecimento e que advém do reconhecimento pleno da fraqueza natural e das limitações ambientais, das criaturas finitas. “O nosso Deus é cheio de compaixão, de graça, de paciência e abundante em misericórdia”. Portanto “todo aquele que invocar o Senhor será salvo”, “pois Ele perdoará abundantemente”. “A misericórdia do Senhor vai de eternidade a eternidade”, sim, “a Sua misericórdia perdura para sempre”. “Eu sou o Senhor que faz prevalecer a benevolência amorosa, o juízo e a retidão na Terra, pois com essas coisas Me deleito”. “Eu não aflijo voluntariamente, nem encho de pesar, aos filhos dos homens”, pois Eu sou “o Pai da misericórdia e o Deus de toda consolação”.

(38.2) 2:4.2 Deus é inerentemente bom, naturalmente compassivo e eternamente misericordioso. E jamais é necessário que se exerça qualquer influência sobre o Pai para suscitar o Seu amor e benevolência. A necessidade da criatura é totalmente suficiente para assegurar a fluência total da misericórdia terna do Pai e Sua graça salvadora. E porque Deus sabe de tudo sobre os Seus filhos, torna-se fácil para Ele perdoar. Quanto melhor o homem entender o seu vizinho, mais fácil será perdoá-lo e, mesmo, amá-lo.

(38.3) 2:4.3 Somente o discernimento da sabedoria infinita capacita um Deus reto a ministrar a justiça e a misericórdia, ao mesmo tempo e em qualquer situação no universo. O Pai celeste nunca Se conturba com atitudes conflitantes, em relação aos Seus filhos do universo; Deus nunca é vítima de antagonismos de atitudes. A onisciência de Deus dirige infalivelmente o Seu livre-arbítrio, na escolha daquela conduta no universo que satisfaz, perfeita, simultânea e igualmente, às demandas de todos os Seus atributos divinos e qualidades infinitas da Sua natureza eterna.

(38.4) 2:4.4 A misericórdia é fruto natural e inevitável da bondade e do amor. A boa natureza de um Pai amantíssimo não poderia, certamente, recusar o ministério sábio da misericórdia, a cada membro de todos os grupos dos Seus filhos no universo. A eqüidade da justiça eterna e a misericórdia divina constituem, juntas, aquilo a que a experiência humana chama de justiça.

(38.5) 2:4.5 A misericórdia divina representa uma técnica equânime de ajustamento entre os níveis de perfeição e imperfeição do universo. A misericórdia é a justiça da Supremacia, adaptada às situações do finito em evolução; é a retidão da eternidade, modificada para satisfazer aos mais altos interesses e ao bem-estar dos filhos do tempo no universo. A misericórdia não é uma contravenção da justiça, é antes uma interpretação compreensiva das demandas da justiça suprema, aplicada com equanimidade aos seres espirituais subordinados e às criaturas materiais dos universos em evolução. A misericórdia é a justiça da Trindade do Paraíso, sábia e amorosamente enviada às inteligências múltiplas, das criações do tempo e do espaço, tal como foi formulada pela sabedoria divina e determinada pela mente onisciente e pela vontade soberana do Pai Universal, e de todos os Seus Criadores coligados.

5. O Amor de Deus

(38.6) 2:5.1 “Deus é amor” e, conseqüentemente, a Sua única atitude pessoal para com os assuntos do universo é sempre uma reação de afeto divino. O Pai ama-nos o suficiente para outorgar-nos a Sua vida. “Ele faz o Seu sol se levantar para os maus e para os bons, e Ele envia a chuva aos justos e aos injustos”.

(39.1) 2:5.2 É errado pensar que Deus possa ser persuadido a amar os Seus filhos, por meio de sacrifícios feitos pelos Seus Filhos, ou pela intercessão das Suas criaturas subordinadas, “pois o Pai, Ele próprio, vos ama”. É em resposta a essa afeição paternal que o Pai envia os maravilhosos Ajustadores para residir nas mentes dos homens. O amor de Deus é universal; “todos aqueles que quiserem podem vir”. Ele gostaria “que todos os homens se salvassem pelo conhecimento da verdade”. “Ele não deseja que nenhum homem pereça.”

(39.2) 2:5.3 Os Criadores são os primeiros a tentar salvar o homem dos resultados desastrosos das suas tolas transgressões às leis divinas. O amor de Deus é, por natureza, uma afeição paterna; em conseqüência, algumas vezes, Ele “nos disciplina, para o nosso próprio bem, para que possamos ser partícipes da Sua santidade”. Mesmo durante as mais duras dentre as vossas provações lembrai-vos de que “em todas as nossas aflições, Ele aflige-se conosco”.

(39.3) 2:5.4 Deus é divinamente bondoso com os pecadores. Quando os rebeldes retornam à retidão, eles são recebidos com misericórdia, “pois o nosso Deus perdoará abundantemente”. “Eu sou Aquele que apaga as vossas transgressões, para o Meu próprio bem, e Eu não me lembrarei dos vossos pecados.” “Atentai para a forma de amor que o Pai nos dedica, a nós, para que fôssemos chamados de filhos de Deus.”

(39.4) 2:5.5 Afinal, a maior evidência da bondade de Deus e a suprema razão para amá-Lo é a dádiva do Pai, que reside em cada um de vós — o Ajustador, que tão pacientemente aguarda a hora em que ireis, ambos, transformar-vos em um, eternamente. Embora não possais encontrar Deus procurando-O, se vos submeterdes ao guiamento do espírito residente, sereis guiados, passo a passo e vida por vida, sem erros, de universo em universo, de idade em idade, até que estejais finalmente em presença da personalidade do Pai Universal no Paraíso.

(39.5) 2:5.6 Quão pouco razoável é que não adoreis a Deus, porque as limitações da natureza humana e os impedimentos da vossa constituição material fazem com que, para vós, seja impossível vê-Lo. Entre vós e Deus há uma distância imensa (de espaço físico) a ser percorrida. Da mesma forma, existe um grande abismo de diferenças espirituais a ser atravessado; mas, apesar de tudo o que vos separa, física e espiritualmente, da presença pessoal de Deus no Paraíso, parai e ponderai sobre o fato solene de que Deus vive dentro de vós, e de que, a Seu modo, Ele já venceu a separação. Ele enviou a Si próprio, o Seu espírito, para viver dentro de vós e para lutar arduamente, do vosso lado, na busca dos objetivos da vossa carreira eterna.








(39.6) 2:5.7 Eu acho fácil e agradável adorar a alguém que é tão grande e, ao mesmo tempo, tão afeiçoadamente devotado ao ministério sagrado da elevação das Suas criaturas humildes. Naturalmente eu amo a quem é tão poderoso, para com a criação e o seu controle, e que, além do mais, é tão perfeito na bondade e tão fiel e gentil no Seu amor, que constantemente nos abriga na sua sombra. Eu penso que amaria a Deus da mesma forma, não fosse Ele nem tão grande nem poderoso, desde que fosse tão bom e misericordioso. Todos nós amamos ao Pai, mais por causa da Sua natureza do que pelo reconhecimento dos Seus atributos assombrosos.

(39.7) 2:5.8 Quando eu observo os Filhos Criadores e os seus administradores subordinados lutando tão valentemente com as múltiplas dificuldades do tempo, inerentes à evolução dos universos do espaço, descubro que tenho uma grande e profunda afeição por esses dirigentes menores dos universos. Afinal, penso que todos nós, incluindo os mortais dos reinos, amamos o Pai Universal e todos os outros seres, divinos ou humanos, porque discernimos que essas personalidades nos amam verdadeiramente. A experiência de amar, em muito, é uma resposta direta à experiência de ser amado. Por saber que Deus me ama, eu deveria continuar a amá-Lo supremamente, ainda que Ele fosse despojado de todos os Seus atributos de supremacia, ultimidade e absolutez.

(40.1) 2:5.9 O amor do Pai acompanha-nos, agora e em todo o círculo interminável das idades eternas. Ao ponderardes sobre a natureza amorosa de Deus, apenas uma reação razoável e natural surge na personalidade: amareis cada vez mais o vosso Criador; ireis dedicar a Deus uma afeição análoga àquela dedicada por uma criança a um pai terreno; pois, como um pai, um pai real e verdadeiro ama aos seus filhos, do mesmo modo o Pai Universal ama e para sempre busca o bem-estar dos Seus filhos e filhas criadas.

(40.2) 2:5.10 Mas o amor de Deus é uma afeição paterna inteligente e que sabe prever. O amor divino funciona em associação unificada com a sabedoria divina e todas as outras características infinitas da natureza perfeita do Pai Universal. Deus é amor, mas o amor não é Deus. A maior manifestação do amor divino pelos seres mortais é constatada por meio da dádiva dos Ajustadores do Pensamento, mas a vossa maior revelação do amor do Pai vem da vida de doação do Seu Filho Michael, que viveu auto-outorgado na Terra a vida espiritual ideal. É o Ajustador residente que individualiza o amor de Deus em cada alma humana.

(40.3) 2:5.11 Algumas vezes, chego quase a ficar atormentado ao ser compelido a descrever a afeição divina do Pai celeste pelos Seus filhos do universo, empregando um símbolo verbal humano: amor. Esse termo, ainda que tenha a conotação do mais alto conceito humano das relações mortais de respeito e devoção, com tamanha freqüência, é designativo de relações humanas tão totalmente ignóbeis, que não são merecedoras de serem conhecidas por qualquer palavra que seja também usada para indicar a afeição, sem par, do Deus vivo, pelas criaturas do Seu universo! É uma infelicidade eu não poder fazer uso de algum termo superno e exclusivo que transmita à mente do homem a verdadeira natureza, e a delicada beleza do significado da afeição divina, do Pai do Paraíso.

(40.4) 2:5.12 Quando o homem perde de vista o amor de um Deus pessoal, o Reino de Deus passa a ser meramente o reino do bem. Não obstante a unidade infinita da natureza divina, o amor é a característica dominante de todas as relações pessoais de Deus com as Suas criaturas.

6. A Bondade de Deus

(40.5) 2:6.1 No universo físico podemos ver a beleza divina, no mundo intelectual é-nos possível discernir a verdade eterna, mas a bondade de Deus é encontrada somente no mundo espiritual da experiência religiosa pessoal. Na sua verdadeira essência, a religião é a fé feita de confiança na bondade de Deus. Para a Filosofia, Deus poderia ser grande e absoluto e, de algum modo, até inteligente e pessoal; mas, para a Religião, é necessário também que Deus seja moral; Ele deve ser bom. O homem poderia temer a um Deus grande, mas ama e confia apenas em um Deus de bondade. Essa bondade é parte da personalidade de Deus, e a Sua plena revelação surge apenas na experiência religiosa pessoal dos filhos que crêem em Deus.

(40.6) 2:6.2 A religião requer que o supramundo da natureza do espírito seja conhecedor das necessidades fundamentais do mundo humano e que seja sensível a elas. A religião evolucionária pode tornar-se ética, mas apenas a religião revelada é moral e espiritual de um modo verdadeiro. O conceito antigo de que Deus é uma Deidade dominada por uma moralidade majestática foi elevado por Jesus até aquele nível afetuoso e tocante da moralidade familiar íntima, própria da relação pai-filho. E, na experiência mortal, não há nenhuma relação mais terna e bela.

(41.1) 2:6.3 A “riqueza da bondade de Deus leva o homem que errou ao arrependimento”. “Toda a boa dádiva e toda a dádiva perfeita vêm do Pai das luzes.” “Deus é bom; Ele é o refúgio eterno das almas dos homens.” “O Senhor Deus é misericordioso e pleno de graças. Ele é paciente e abundante, em bondade e em verdade.” “Provai e vede como o Senhor é bom! Abençoado seja o homem que confia Nele.” “O Senhor é cheio de graça e de compaixão. Ele é o Deus da salvação.” “Ele alivia o coração dos infelizes e cura as feridas da alma. Ele é o Benfeitor Todo-Poderoso do homem”.

(41.2) 2:6.4 O conceito de um Deus rei-juiz, ainda que haja colaborado para desenvolver um padrão elevado de moralidade e criado um povo respeitador das leis enquanto grupo, deixava o indivíduo crente em uma posição triste, de insegurança com relação ao próprio status no tempo e na eternidade. Os profetas hebreus, mais recentes, proclamaram Deus como um Pai para Israel; Jesus revelou Deus como o Pai de cada ser humano. Todo conceito que os mortais fazem de Deus foi transcendentalmente iluminado pela vida de Jesus. O altruísmo é inerente ao amor paternal. Deus ama, não à maneira de um pai, mas como Pai. Ele é o Pai, no Paraíso, de todas as personalidades do universo.

(41.3) 2:6.5 A retidão indica que Deus é a fonte da lei moral do universo. A verdade exibe Deus como um Revelador, como um Mestre. Mas o amor dá afeto e anseia por afeto, procura a comunhão compreensiva, tal como existe entre pai e filho. A retidão pode ser própria do pensamento divino, mas o amor é a atitude de um pai. A suposição errônea de que a retidão de Deus fosse irreconciliável com o amor altruísta do Pai celeste, pressupôs a ausência de unidade na natureza de Deus e levou diretamente à elaboração da doutrina da expiação, que é uma violentação filosófica tanto da unidade, quanto do livre-arbítrio de Deus.

(41.4) 2:6.6 O Pai celeste afetuoso, cujo Espírito reside nos Seus filhos da Terra, não é uma personalidade dividida — uma, a da justiça, e outra, a da misericórdia. E também Ele não requer um mediador para assegurar o seu favorecimento ou o perdão de Pai. A retidão divina não é dominada pela estrita justiça de retribuição; Deus, enquanto um Pai, transcende Deus, enquanto juiz.

(41.5) 2:6.7 Deus nunca é irado, vingativo ou enraivecido. É verdade que a sabedoria, muitas vezes, restringe o Seu amor, assim como a justiça condiciona a Sua misericórdia rejeitada. O Seu amor pela retidão não pode evitar que, com a mesma intensidade, seja manifestado como ódio ao pecado. O Pai não é uma personalidade incoerente; a unidade divina é perfeita. Na Trindade do Paraíso há uma unidade absoluta, a despeito das identidades eternas dos coordenados de Deus.

(41.6) 2:6.8 Deus ama o pecador e odeia o pecado: tal afirmação é verdadeira filosoficamente; contudo, Deus é uma personalidade transcendental, e as pessoas apenas amam e odeiam às outras pessoas. O pecado não é uma pessoa. Deus ama o pecador porque ele é uma realidade de personalidade (potencialmente eterna), enquanto, em relação ao pecado, Deus não assume nenhuma atitude pessoal; pois o pecado não é uma realidade espiritual, não é pessoal; portanto, apenas a justiça de Deus toma conhecimento da existência dele. O amor de Deus salva o pecador; a lei de Deus destrói o pecado. Essa atitude da natureza divina mudaria, aparentemente, se o pecador afinal se identificasse completamente com o pecado, da mesma forma que a mente mortal pode também se identificar totalmente com o espírito Ajustador residente. Um mortal, assim identificado com o pecado, tornar-se-ia então inteiramente não-espiritual, na sua natureza (e, portanto, pessoalmente irreal), e por fim experimentaria a extinção do seu ser. A irrealidade, e mesmo a incompletude da natureza da criatura, não pode existir para sempre, em um universo progressivamente mais real e crescentemente mais espiritual.

(42.1) 2:6.9 Perante o mundo da personalidade, Deus é descoberto como uma pessoa de amor; perante o mundo espiritual, Ele é o amor pessoal; na experiência religiosa, Ele é ambos. O amor identifica o arbítrio volitivo de Deus. A bondade de Deus permanece no cerne do livre-arbítrio divino — a tendência universal para amar manifesta misericórdia, demonstra paciência e ministra o perdão.

7. A Verdade e a Beleza Divinas

(42.2) 2:7.1 Todo conhecimento finito e todo entendimento da criatura são relativos. A informação e os ensinamentos, ainda que colhidos de fontes elevadas, são apenas relativamente completos: precisos apenas em relação ao local e verdadeiros para a pessoa.

(42.3) 2:7.2 Os fatos físicos são suficientemente uniformes, mas a verdade é um fator vivo e flexível na filosofia do universo. As personalidades em evolução são apenas parcialmente sábias e relativamente verazes, nas suas comunicações. Podem estar certas apenas dentro dos limites da sua experiência pessoal. Aquilo que, pela aparência, pode ser totalmente verdadeiro em um lugar, pode ser apenas relativamente verdadeiro em outro segmento da criação.

(42.4) 2:7.3 A verdade divina, a verdade final, é uniforme e universal, mas a história das coisas espirituais, contada por inúmeros indivíduos, procedentes de várias esferas, pode, algumas vezes, variar quanto aos detalhes, devido a essa relatividade na totalização do conhecimento e na abrangência da experiência pessoal, bem como na duração e no alcance dessa experiência. Conquanto as leis e os decretos, os pensamentos e as atitudes da Primeira Fonte e Centro sejam eterna, infinita e universalmente verdadeiros, ao mesmo tempo, a sua aplicação e os ajustamentos que recebem, em cada universo, sistema, mundo, e inteligência criada, estão de acordo com os planos e a técnica dos Filhos Criadores, quando estes atuam e funcionam nos seus universos respectivos, tanto quanto em harmonia com os planos locais e os procedimentos do Espírito Infinito e de todas as outras personalidades celestes coligadas.

(42.5) 2:7.4 A falsa ciência do materialismo sentenciaria o homem mortal a reduzir-se a um marginal no universo. Tal conhecimento parcial é potencialmente um mal; é conhecimento que se compõe, tanto do bem, quanto do mal. A verdade é bela, porque é tanto completa quanto simétrica. Quando o homem busca a verdade, ele está buscando o divinamente real.

(42.6) 2:7.5 Os filósofos cometem o seu mais grave erro quando são levados à falácia da abstração e à prática de focalizar a sua atenção em um aspecto da realidade e de proclamar, então, tal aspecto isolado como sendo a verdade inteira. O filósofo sábio irá sempre recorrer ao projeto da criação que está por trás e que é preexistente a todos os fenômenos universais. O pensamento criador, invariavelmente, precede à ação criadora.

(42.7) 2:7.6 A autoconsciência intelectual pode descobrir a beleza da verdade e a sua qualidade espiritual, não apenas pela consistência filosófica dos seus conceitos, mas, ainda mais certa e seguramente, pela resposta inequívoca do sempre presente Espírito da Verdade. A felicidade vem como conseqüência do reconhecimento da verdade, porque esta pode ser factual, pode ser vivenciada. O desapontamento e a tristeza advêm após o erro, porque, não sendo este uma realidade, não pode ser factualizado pela experiência. A verdade divina é mais conhecida pelo seu aroma espiritual.

(42.8) 2:7.7 A busca eterna é de unificação, de coerência divina. O vasto universo físico faz-se coerente na Ilha do Paraíso; o universo intelectual faz-se coerente no Deus da mente, o Agente Conjunto; o universo espiritual faz-se coerente na personalidade do Filho Eterno. Mas o mortal isolado, do tempo e do espaço, faz-se coerente em Deus, o Pai, mediante a ligação direta entre o Ajustador do Pensamento residente e o Pai Universal. O Ajustador do homem é um fragmento de Deus e, para sempre, procura a unificação divina e se faz coerente com a Deidade do Paraíso da Primeira Fonte e Centro, e Nesta.

(43.1) 2:7.8 O discernimento da beleza suprema é a descoberta e a integração da realidade: o discernimento da bondade divina, na eterna verdade, é a beleza última. O encanto mesmo da arte humana consiste na harmonia da sua unidade.










(43.2) 2:7.9 O grande erro da religião hebraica foi não ter associado a bondade de Deus às verdades factuais da ciência e da beleza atraente da arte. À medida que a civilização progrediu, e enquanto a religião continuou a seguir o mesmo caminho pouco sábio, de enfatizar exageradamente a bondade de Deus, a ponto de negligenciar a beleza e de excluir relativamente a verdade, foi sendo desenvolvida, em certos tipos de homens, uma tendência crescente para desviar-se no conceito abstrato e dissociado da bondade isolada. A moralidade proclamada ao exagero e isolada da religião moderna, que fracassa em manter a devoção e a lealdade de muitos dos homens deste século, poderia reabilitar-se se, além dos seus mandados morais, tivesse a mesma consideração pelas verdades da ciência, da filosofia e da experiência espiritual, e pelas belezas da criação física, bem como pelo encanto da arte intelectual e pela grandeza de uma realização genuína de caráter.

(43.3) 2:7.10 O desafio religioso desta época é dirigido àqueles homens e àquelas mulheres que, pela sua visão ampla e voltada para o futuro, e, pelo discernimento da sua luz interna, ousarão construir uma nova e atraente filosofia de vida, partindo dos conceitos modernos, sutilmente integrados, da verdade cósmica, da beleza universal e da bondade divina. Uma tal visão, nova e reta, da moralidade, atrairá tudo o que existir de bom na mente do homem e convocará o que houver de melhor na alma humana. A verdade, a beleza e a bondade são realidades divinas, e à medida que o homem ascende na escala da vida espiritual, essas qualidades supremas do Eterno tornam-se cada vez mais coordenadas e unificadas em Deus, que é amor.

(43.4) 2:7.11 Toda a verdade — material, filosófica ou espiritual — é tanto bela, quanto boa. Toda a beleza real — a arte material ou a simetria espiritual — é tanto verdadeira, quanto boa. Toda a bondade genuína — seja a moralidade pessoal, a eqüidade social ou o ministério divino — é igualmente verdadeira e bela. A saúde, a sanidade e a felicidade são integrações da verdade, da beleza e da bondade, ao misturarem-se na experiência humana. Esses níveis de uma vida eficaz advêm da unificação de sistemas de energia, de sistemas de idéias e de sistemas espirituais.

(43.5) 2:7.12 A verdade é coerente, a beleza é atraente e a bondade estabilizadora. E quando esses valores, naquilo que é real, são coordenados na experiência da personalidade, o resultado é uma ordem elevada de amor, condicionado pela sabedoria e qualificado pela lealdade. O propósito real de toda a educação, no universo, é tornar efetiva a melhor coordenação do filho isolado dos mundos com as realidades mais amplas da sua experiência em expansão. A realidade é finita no nível humano: e é infinita e eterna nos níveis mais elevados e divinos.


(43.6) 2:7.13 [Apresentado por um Conselheiro Divino, atuando com a autoridade dos Anciães dos Dias em Uversa.]


*Todos os textos desta série estarão disponíveis em HIERARQUIA CÓSMICA.


Fonte: O Livro de Urântia - Documento 2





*   *   *




O UNIVERSO DOS UNIVERSOS






(128.1) 12:0.1 A VASTIDÃO da criação imensa do Pai Universal está totalmente fora do alcance da imaginação finita; a enormidade do universo-mestre assombra até mesmo as noções da minha ordem de seres. À mente mortal, contudo, muito pode ser ensinado sobre o plano e os arranjos dos universos; vós podeis conhecer algo da organização física deles e da sua maravilhosa administração; podeis aprender muito acerca dos vários grupos de seres inteligentes que habitam os sete superuniversos do tempo e o universo central da eternidade.

(128.2) 12:0.2 Em princípio, quer dizer, em potencial de eternidade, nós concebemos a criação material como sendo infinita, porque o Pai Universal na realidade é infinito; mas, à medida que estudamos e observamos a criação material total, sabemos que em qualquer dado momento no tempo ela é limitada, embora para as vossas mentes finitas ela seja relativamente sem limites, virtualmente sem fronteiras.

(128.3) 12:0.3 Pelo estudo das leis físicas e pela observação dos reinos estelares, estamos convencidos de que o Criador infinito ainda não está manifestado em finalidade de expressão cósmica e que muito do potencial cósmico do Infinito encontra-se autocontido e não revelado ainda. Para os seres criados, o universo-mestre poderia parecer quase infinito, mas está longe de terminado; há ainda limites físicos à criação material, e a revelação experiencial do propósito eterno ainda está em progresso.

1. Níveis Espaciais do Universo-mestre

(128.4) 12:1.1 O universo dos universos não é um plano infinito, ou um cubo sem limites, nem um círculo ilimitado; certamente, tem dimensões. As leis da organização e da administração física provam conclusivamente que toda a vastíssima agregação de energia-força e de potência-matéria funciona, em última instância, como uma unidade de espaço, como um todo organizado e coordenado. O comportamento observável da criação material constitui evidência de um universo físico de limites definidos. A prova final de que o universo tanto é circular, quanto delimitado, é-nos proporcionada pelo fato bem conhecido nosso de que todas as formas de energia básica sempre giram em torno da trajetória curva dos níveis espaciais do universo-mestre, em obediência à atração incessante e absoluta da gravidade do Paraíso.

(128.5) 12:1.2 Os níveis sucessivos do espaço do universo-mestre constituem as maiores divisões do espaço preenchido — a criação total, organizada e parcialmente habitada, ou ainda a ser organizada e habitada. Se o universo-mestre não fosse uma série de níveis de espaços elípticos, de menor resistência ao movimento, que se alternam com zonas de quiescência relativa, nós conceberíamos que uma parte das energias cósmicas seria disparada, de modo observável, para um alcance infinito, em linha reta no espaço, sem rotas; mas nunca observamos a força, a energia ou a matéria comportando-se assim; elas sempre rodam, girando sempre para frente nas trilhas das grandes órbitas espaciais.

(129.1) 12:1.3 Partindo do Paraíso para fora, na extensão horizontal do espaço preenchido, o universo-mestre consiste em seis elipses concêntricas; e os níveis de espaço que rodeiam a Ilha Central são:

(129.2) 12:1.4 1. O universo central — Havona.
(129.3) 12:1.5 2. Os Sete Superuniversos.
(129.4) 12:1.6 3. O Primeiro Nível do Espaço Exterior.
(129.5) 12:1.7 4. O Segundo Nível do Espaço Exterior.
(129.6) 12:1.8 5. O Terceiro Nível do Espaço Exterior.
(129.7) 12:1.9 6. O Quarto Nível ou o Nível Mais Exterior do Espaço.

(129.8) 12:1.10 Havona, o universo central, não é uma criação no tempo; tem uma existência eterna. Este universo, sem começo e sem fim no tempo, consiste em um bilhão de esferas de perfeição sublime e é rodeado de enormes corpos escuros de gravidade. No centro de Havona está a Ilha do Paraíso, estacionária e absolutamente estabilizada, rodeada dos seus vinte e um satélites. Devido às enormes massas dos corpos escuros de gravidade que a rodeiam, no limite do universo central, a quantidade de massa dessa criação central é muito maior do que a massa conhecida de todos os sete setores do grande universo.

(129.9) 12:1.11 O Sistema Paraíso-Havona, o universo eterno ao redor da Ilha Eterna, constitui o núcleo eterno e perfeito do universo-mestre; todos os sete superuniversos e todas as regiões do espaço exterior giram em órbitas estabelecidas em torno da agregação gigantesca central dos satélites do Paraíso e das esferas de Havona.

(129.10) 12:1.12 Os Sete Superuniversos não são organizações físicas primárias; em nenhum local as suas fronteiras dividem uma família nebular, e também não cruzam nenhum universo local, a unidade principal de criação. Cada superuniverso é simplesmente um agrupamento de espaço geográfico, de cerca de um sétimo da criação pós-Havona organizada e parcialmente habitada, e cada um deles é mais ou menos igual aos outros, pelo número de universos locais que abrangem e pelo espaço que lhes correspondem. Nébadon, o vosso universo local, é uma das mais recentes criações, dentro de Orvônton, o sétimo superuniverso.

(129.11) 12:1.13 O Grande Universo é a criação atual, já organizada e habitada. Consiste em sete superuniversos, com um potencial evolucionário agregado de cerca de sete trilhões de planetas habitados, sem mencionar as esferas eternas da criação central. Mas essa estimativa experimental não leva em conta as esferas arquitetônicas administrativas, nem inclui os grupos exteriores e remotos de universos não organizados. A fronteira atual irregular do grande universo, a sua periferia desigual e inacabada, juntamente com a condição tremendamente incerta de todo o plano astronômico, sugere aos nossos astrônomos que mesmo os sete superuniversos estejam incompletos ainda. À medida que nos movemos de dentro para fora do centro divino, em qualquer direção, chegamos finalmente aos limites externos da criação organizada e habitada; chegamos aos limites exteriores do grande universo. E é próximo dessa fronteira externa, em um canto afastado dessa criação magnífica, que o vosso universo local tem a sua movimentada existência.

(129.12) 12:1.14 Os Níveis do Espaço Exterior. Bem afastados no espaço, a uma distância enorme dos sete superuniversos habitados, estão-se acumulando órbitas de vastas e inacreditavelmente estupendas de força e de energias, que se materializam. Entre os circuitos de energia dos sete superuniversos e esse gigantesco cinturão exterior de atividade de força, há uma zona espacial de relativa quietude, cuja largura varia dentro de uma média de quatrocentos mil anos-luz. Essas zonas do espaço são isentas de poeira estelar — a neblina cósmica. Os nossos estudiosos desses fenômenos estão em dúvida quanto à condição exata das forças-espaço existentes nessa zona de relativa quietude, que rodeia os sete superuniversos. Mas, acerca de meio milhão de anos-luz, para além da periferia do presente grande universo, observamos o começo de uma zona de inacreditável ação de energia, que cresce em volume e intensidade, por mais de vinte e cinco milhões de anos-luz. Essas enormes rodas de forças energizantes estão situadas no primeiro nível do espaço exterior, que é um cinturão contínuo de atividade cósmica rodeando toda a criação conhecida, organizada e habitada.

(130.1) 12:1.15 Atividades ainda maiores têm lugar para além dessas regiões, pois os físicos de Uversa detectaram evidências iniciais de manifestações de força a mais de cinqüenta milhões de anos-luz para além da parte mais exterior dos fenômenos, no primeiro nível do espaço exterior. Essas atividades pressagiam, indubitavelmente, a organização das criações materiais do segundo nível do espaço exterior do universo-mestre.

(130.2) 12:1.16 O universo central é a criação da eternidade; os sete superuniversos são as criações do tempo; os quatro níveis do espaço exterior estão indubitavelmente destinados a efetivar factualmente a evolução da ultimidade da criação. E há aqueles que sustentam que o Infinito não pode nunca atingir a sua expressão plena a não ser na infinitude; e por isso cogitam de uma criação adicional e não revelada, que está além do quarto nível, o mais exterior do espaço, um universo possivelmente sempre em expansão, e sem fim, de infinitude. Em teoria, não sabemos como delimitar seja a infinitude do Criador, seja a infinitude potencial da criação, mas, do modo como ela existe e é administrada, encaramos o universo-mestre como tendo limitações e sendo definitivamente delimitado e contido, nas suas margens externas, pelo espaço aberto.

2. Os Domínios do Absoluto Inqualificável

(130.3) 12:2.1 Quando os astrônomos de Urântia esquadrinham as profundezas misteriosas do espaço exterior, com os seus telescópios cada vez mais poderosos, e contemplam a incrível evolução de universos físicos quase incontáveis, eles deveriam compreender que estão contemplando a obra poderosa dos planos inescrutáveis dos Arquitetos do Universo-Mestre. É bem verdade que possuímos evidências tais que sugerem a presença de influências de certas personalidades do Paraíso, aqui e ali, por meio devastas manifestações de energia, agora características das regiões exteriores. Contudo, de um ponto de vista mais amplo, as regiões do espaço que se estendem para além das fronteiras externas dos sete superuniversos são, geralmente, reconhecidas como constituindo os domínios do Absoluto Inqualificável.

(130.4) 12:2.2 Embora o olho humano, sem ajuda, possa ver apenas duas ou três nebulosas para além das fronteiras do superuniverso de Orvônton, os vossos telescópios literalmente revelam milhões e milhões desses universos físicos, em processo de formação. A maior parte dos domínios estelares, visualmente ao alcance dos vossos telescópios atuais, está em Orvônton, mas, com a técnica fotográfica, os telescópios mais potentes penetram além das fronteiras do grande universo, nos domínios do espaço exterior, onde universos inenarráveis estão em processo de organização. E há ainda outros milhões de universos além do alcance dos vossos instrumentos atuais.

(130.5) 12:2.3 Num futuro não muito distante, novos telescópios revelarão aos olhos surpresos dos astrônomos urantianos nada menos do que 375 milhões de novas galáxias nas extensões remotas do espaço exterior. Ao mesmo tempo, esses telescópios mais poderosos revelarão que muitos dos universos ilhados, que anteriormente acreditava-se estarem no espaço exterior, são realmente uma parte do sistema galático de Orvônton. Os sete superuniversos estão ainda em crescimento; a periferia de cada um está-se expandindo gradativamente; novas nebulosas estão constantemente sendo estabilizadas e organizadas; e algumas das nebulosas que os astrônomos urantianos consideram como extragaláticas estão, na verdade, na extremidade de Orvônton e viajam junto conosco.

(131.1) 12:2.4 Os estudiosos das estrelas em Uversa observam que o grande universo está circundado pelos ancestrais de uma série de conjuntos estelares e planetários, que rodeiam completamente a atual criação habitada, em forma de anéis concêntricos, de universos e mais universos exteriores. Os físicos de Uversa calculam que a energia e a matéria dessas regiões exteriores ainda não mapeadas já superam, em muitas vezes, a massa material total e a carga energética abrangida por todos os sete superuniversos. Estamos informados de que a metamorfose da força cósmica, nesses níveis do espaço exterior, é uma função dos organizadores da força do Paraíso. Sabemos também que essas forças são as ancestrais das energias físicas que, no presente, ativam o grande universo. Os diretores de potência de Orvônton, contudo, nada têm a ver com esses domínios muito distantes; tampouco os movimentos de energia discerníveis ali estão conectados aos circuitos de potência das criações organizadas e habitadas.

(131.2) 12:2.5 Sabemos pouco sobre o significado desses extraordinários fenômenos do espaço exterior. Uma criação maior, para o futuro, está em processo de formação. Podemos observar a sua imensidão, podemos discernir a sua extensão e percebemos as suas dimensões grandiosas, mas, por outro lado, sabemos pouco mais sobre esses domínios do que sabem os astrônomos de Urântia. Pelo que conhecemos, nenhum ser material da ordem dos humanos, nenhum anjo, nem outras criaturas espirituais habitam esse anel externo de nebulosas, sóis e planetas. Esse domínio distante está para além da jurisdição e da administração dos governos dos superuniversos.

(131.3) 12:2.6 Em todo Orvônton, acredita-se que um novo tipo de criação esteja em processo, uma ordem de universos destinada a tornar-se o cenário de futuras atividades dos Corpos de Finalidade, agora em formação; e, se as nossas conjecturas estiverem corretas, o futuro sem fim pode estar reservando para todos vós os mesmos espetáculos maravilhosos que o passado sem fim havia reservado aos vossos veteranos e predecessores.

3. A Gravidade Universal

(131.4) 12:3.1 Todas as formas de energia-força — material, mental e espiritual — estão, do mesmo modo, sujeitas a essas atrações, a essas presenças universais as quais chamamos gravidade. A personalidade é também sensível à gravidade — ao circuito exclusivo do Pai. Mas ainda que esse circuito seja exclusivo do Pai, Ele não Se exclui de outros circuitos; o Pai Universal é infinito e atua sobre todos os quatro circuitos de gravidade absoluta no universo-mestre:

(131.5) 12:3.2 1. O da Gravidade da Personalidade do Pai Universal.
(131.6) 12:3.3 2. O da Gravidade do Espírito do Filho Eterno.
(131.7) 12:3.4 3. O da Gravidade da Mente do Agente Conjunto.
(131.8) 12:3.5 4. O da Gravidade Cósmica da Ilha do Paraíso.

(131.9) 12:3.6 Esses quatro circuitos não estão relacionados ao centro de força do Paraíso inferior; eles não são circuitos de força, nem de energia, nem de potência. Eles são circuitos de presença absoluta e, como Deus, são independentes do tempo e do espaço.

(132.1) 12:3.7 A esse respeito é interessante registrar certas observações feitas em Uversa, durante os milênios recentes, pelo corpo de pesquisadores da gravidade. Esse grupo de pesquisadores especializados chegou às conclusões seguintes, a respeito dos diferentes sistemas de gravidade do universo-mestre:

(132.2) 12:3.8 1. A Gravidade Física. Tendo formulado uma estimativa da somatória de toda a capacidade de gravidade física do grande universo, eles efetuaram laboriosamente uma comparação dessa estimativa com o total estimado da presença de gravidade absoluta ora em ação. Esses cálculos indicam que a ação total de gravidade no grande universo é uma parte muito pequena da atração de gravidade total estimada do Paraíso, computada com base na resposta gravitacional de unidades físicas básicas de matéria do universo. Esses pesquisadores chegam à conclusão espantosa de que o universo central e os sete superuniversos que o cercam estão, no presente, fazendo uso apenas de cerca de cinco por cento do funcionamento ativo da atração da gravidade absoluta do Paraíso. Em outras palavras: no presente momento, cerca de noventa e cinco por cento da ação de gravidade cósmica ativa da Ilha do Paraíso, computados nessa teoria da totalidade, estão empenhados em controlar os sistemas materiais que se situam além das fronteiras dos universos organizados atualmente. Todos esses cálculos referem-se à gravidade absoluta; a gravidade linear é um fenômeno interativo, que pode ser computado apenas quando se conhece a gravidade verdadeira do Paraíso.

(132.3) 12:3.9 2. A Gravidade do Espírito. Pela mesma técnica de estimativa e de cálculo comparativo, os pesquisadores exploraram a capacidade de reação atual da gravidade espiritual e, com a cooperação dos Mensageiros Solitários e outras personalidades do espírito, chegaram a um valor para a soma da gravidade espiritual ativa, da Segunda Fonte e Centro. E é bastante instrutivo notar que encontraram, para a presença real e funcional da gravidade espiritual, no grande universo, por volta do mesmo valor que eles postulam para o total presente da gravidade espiritual ativa. Em outras palavras: no momento presente, observa-se que praticamente toda a gravidade espiritual do Filho Eterno, computada nessa teoria com base nos totais, funciona no grande universo. Se os valores encontrados forem confiáveis, podemos concluir que os universos, ora em evolução, no espaço exterior, no momento presente, são totalmente não-espirituais. E, sendo verdade, isso poderia explicar, satisfatoriamente, por que os seres dotados de espírito possuem pouca ou nenhuma informação sobre essas vastas manifestações de energia, além do fato de saberem da sua existência física.

(132.4) 12:3.10 3. A Gravidade da Mente. Pelos mesmos princípios de computação comparativa, os pesquisadores abordaram o problema da presença e da resposta à gravidade mental. A estimativa da unidade de mente foi conseguida pela média de três tipos de mentalidade material e de três tipos de mentalidade espiritual, se bem que o tipo de mente encontrada nos diretores de potência e nos seus colaboradores tenha comprovado ser um fator perturbador do esforço de chegar a uma unidade básica, para o cálculo da gravidade mental. Pouco havia que impedisse a estimativa da capacidade atual, da Terceira Fonte e Centro, para a função da gravidade da mente, de acordo com essa teoria da totalidade. Embora, nesse caso, o que ficou constatado não seja tão conclusivo quanto o foram as estimativas para a gravidade física e a espiritual, considerando-se comparativamente, até que é tudo bastante instrutivo e intrigante mesmo. Os pesquisadores deduziram que cerca de oitenta e cinco por cento da reação de resposta de gravidade mental à atração intelectual do Agente Conjunto, têm a sua origem no grande universo existente. Isso sugeriria a possibilidade de que haja atividades mentais que estejam envolvidas com as atividades físicas observáveis ora em andamento nos domínios do espaço exterior. Embora essa estimativa esteja provavelmente muito longe de ser precisa, ela concorda, em princípio, com a nossa crença de que organizadores inteligentes de força, no presente, estejam dirigindo a evolução do universo nos níveis do espaço para além dos limites exteriores atuais do grande universo. Qualquer que seja a natureza dessa suposta inteligência, ela aparentemente não apresenta resposta de sensibilidade à gravidade do espírito.

(133.1) 12:3.11 Todavia, todos esses cômputos são, no melhor dos casos, estimativas baseadas em leis pressupostas. Julgamos que sejam razoavelmente confiáveis. Ainda que apenas uns poucos seres espirituais estivessem localizados no espaço exterior, a sua presença coletiva não iria influenciar de modo marcante os cálculos que envolvem medidas tão enormes.

(133.2) 12:3.12 A Gravidade da Personalidade não é calculável. Reconhecemos o seu circuito, mas não podemos medir realidades qualitativas ou quantitativas que sejam sensíveis a ela.

4. O Espaço e o Movimento


(133.3) 12:4.1 Todas as unidades de energia cósmica estão em rotação primária e, enquanto giram nas suas órbitas universais, estão empenhadas na execução da sua missão. Os universos do espaço e os seus sistemas e mundos componentes são, todos, esferas que giram, movendo-se ao longo das intermináveis órbitas dos níveis espaciais do universo-mestre. Absolutamente nada é estacionário em todo o universo-mestre, exceto o centro mesmo de Havona, a eterna Ilha do Paraíso, o centro da gravidade.

(133.4) 12:4.2 O Absoluto Inqualificável é funcionalmente limitado ao espaço, mas não estamos tão certos quanto à relação desse Absoluto com o movimento. Seria o movimento inerente a ele? Não sabemos. Sabemos que o movimento não é inerente ao espaço; mesmo os movimentos do espaço não são inatos. Mas não estamos tão seguros sobre a relação do Inqualificável com o movimento. Quem, ou o que, é realmente responsável pelas imensas atividades das transmutações de energia-força, agora em progresso, para além das fronteiras dos sete superuniversos atuais? No que concerne à origem do movimento, nós temos as seguintes opiniões:

(133.5) 12:4.3 1. Julgamos que o Agente Conjunto dê início ao movimento no espaço.
(133.6) 12:4.4 2. Se o Agente Conjunto produz os movimentos do espaço, nós não podemos provar.
(133.7) 12:4.5 3. O Absoluto Universal não origina o movimento inicial, mas equaliza e controla todas as tensões originadas pelo movimento.

(133.8) 12:4.6 No espaço exterior, os organizadores da força, aparentemente, são responsáveis pela produção das gigantescas rodas do universo, que estão agora em processo de evolução estelar, mas a sua capacidade de funcionar assim deve ter sido viabilizada por alguma modificação da presença espacial do Absoluto Inqualificável.

(133.9) 12:4.7 O espaço, do ponto de vista humano, é nada — negativo — ; existe apenas enquanto relacionado a alguma coisa positiva e não espacial. Contudo, o espaço é real. Ele contém e condiciona o movimento. E até se move. Os movimentos do espaço podem ser, grosso modo, classificados como se segue:

(133.10) 12:4.8 1. O movimento primário — a respiração do espaço, o movimento do próprio espaço.
(133.11) 12:4.9 2. O movimento secundário — as oscilações alternadas de direção dos níveis espaciais sucessivos.
(133.12) 12:4.10 3. Os movimentos relativos — relativos no sentido de que eles não são avaliados tomando o Paraíso como base. Os movimentos primários e os secundários são absolutos, são movimentos em relação ao Paraíso imóvel.
(133.13) 12:4.11 4. O movimento compensatório ou correlato, destinado a coordenar todos os outros movimentos.

(134.1) 12:4.12 A relação atual do vosso sol e dos planetas ligados a ele, ainda que revelando muitos movimentos relativos e absolutos no espaço, tende a dar a impressão, aos observadores astronômicos, de que vós estais relativamente estacionários no espaço, e de que os conjuntos e sucessões estelares circundantes voam para fora com velocidades sempre crescentes, à medida que os vossos cálculos continuam espaço afora. Mas esse não é o caso. Vós deixais de reconhecer a expansão uniforme atual, para fora, das criações físicas de todo o espaço preenchido. A vossa própria criação local (Nébadon) participa desse movimento de expansão universal para fora. Todos os sete superuniversos participam do ciclo de dois bilhões de anos de respiração do espaço, junto com as regiões exteriores do universo-mestre.

(134.2) 12:4.13 Quando os universos se expandem e se contraem, as massas materiais no espaço preenchido movem-se alternadamente contra e a favor da atração da gravidade do Paraíso. O trabalho que é feito para mover as massas de energias materiais da criação é trabalho de espaço e não trabalho de energia-potência.

(134.3) 12:4.14 Ainda que as vossas estimativas espectroscópicas para as velocidades astronômicas sejam razoavelmente confiáveis, quando aplicadas aos domínios estelares pertinentes ao vosso superuniverso e aos superuniversos a ele adjacentes, tais estimativas, com referência aos domínios do espaço exterior, não são totalmente confiáveis. As linhas espectrais são deslocadas do normal para o violeta por uma estrela que se aproxima; do mesmo modo, essas linhas são deslocadas para o vermelho por uma estrela que se distancia. Muitas influências interpõem-se, para fazer parecer que a velocidade de distanciamento dos universos exteriores aumenta em uma proporção de mais de cento e sessenta quilômetros por segundo para cada milhão de anos-luz de aumento na sua distância. Por esse método de cálculo, e quando houver telescópios mais poderosos, parecerá que esses sistemas muito distantes estejam-se afastando mais dessa parte do universo, à inacreditável proporção de mais de cinqüenta mil quilômetros por segundo. Mas essa velocidade aparente de afastamento não é real; resulta de inúmeros fatores de erro, abrangendo ângulos de observação e outras distorções de espaço-tempo.

(134.4) 12:4.15 A maior de todas as distorções, contudo, surge porque os vastos universos do espaço exterior, nos domínios próximos aos dos sete superuniversos, parecem estar girando em uma direção oposta àquela do grande universo. Isto é, essas miríades de nebulosas, sóis e esferas que as acompanham, estão, no momento, girando no sentido horário, em volta da criação central. Os sete superuniversos giram em torno do Paraíso em uma direção anti-horária. Parece que o segundo universo exterior de galáxias e, também, os sete superuniversos giram no sentido anti-horário em torno do Paraíso. E os observadores astronômicos de Uversa pensam detectar, em um terceiro cinturão exterior no espaço longínquo, a evidência de movimentos giratórios que estão começando a exibir tendências direcionais de natureza horária.

(134.5) 12:4.16 É provável que essas direções alternadas de procissões sucessivas, no espaço dos universos, tenham algo a ver com a técnica de gravidade empregada pelo Absoluto Universal, no interior do universo-mestre, a qual consiste em uma coordenação de forças e uma equalização de tensões espaciais. O movimento, bem como o espaço, são complementos ou equilibradores da gravidade.

5. O Espaço e o Tempo


(134.6) 12:5.1 Como o espaço, o tempo é um dom do Paraíso, mas não no mesmo sentido, apenas indiretamente. O tempo surge em virtude do movimento e porque a mente é inerentemente cônscia da seqüencialidade. De um ponto de vista prático, o movimento é essencial ao tempo, mas não há nenhuma unidade de tempo universal baseada no movimento, a menos que o dia-padrão do Paraíso-Havona seja arbitrariamente reconhecido como tal. A totalidade da respiração do espaço destrói o seu valor local como uma fonte de tempo.

(135.1) 12:5.2 O espaço não é infinito, ainda que tenha a sua origem no Paraíso; nem absoluto, pois é preenchido pelo Absoluto Inqualificável. Nós não conhecemos os limites absolutos do espaço, mas sabemos que o absoluto do tempo é a eternidade.

(135.2) 12:5.3 O tempo e o espaço são inseparáveis, apenas nas criações tempo-espaciais: os sete superuniversos. O espaço não-temporal (espaço sem tempo) existe teoricamente, mas o único lugar não temporal verdadeiramente é a área do Paraíso. O tempo não espacial (tempo sem espaço) existe na mente cujo nível funcional é o do Paraíso.

(135.3) 12:5.4 As zonas intermediárias do espaço, relativamente sem movimento, zonas que chegam aos confins do Paraíso e que separam os espaços preenchidos dos não-preenchidos, são as zonas de transição do tempo para a eternidade, daí a necessidade de os peregrinos do Paraíso permanecerem inconscientes durante esse trânsito, quando estão para culminar na cidadania do Paraíso. Os visitantes conscientes do tempo podem ir ao Paraíso sem ter de adormecer para essa travessia, mas continuam sendo criaturas do tempo.










(135.4) 12:5.5 As relações com o tempo não existem sem movimento no espaço, mas a consciência do tempo sim. A seqüencialidade pode levar à consciência do tempo, mesmo na ausência de movimento. A mente do homem é menos sujeita ao tempo do que ao espaço, por causa da natureza inerente da mente. Mesmo durante os dias da vida na carne na Terra, se bem que a mente do homem seja rigidamente sujeita ao espaço, a imaginação criativa do homem é relativamente liberta do tempo. Mas o tempo, em si mesmo, não é geneticamente uma qualidade da mente.

(135.5) 12:5.6 Há três níveis diferentes de conhecimento do tempo:

(135.6) 12:5.7 1. O tempo percebido pela mente: a consciência da seqüência do movimento e a noção de duração.
(135.7) 12:5.8 2. O tempo percebido pelo espírito: o discernimento interior do movimento na direção de Deus e a consciência do movimento de ascensão a níveis crescentes de divindade.
(135.8) 12:5.9 3. A personalidade cria um senso único de tempo, a partir do discernimento no sentido da realidade, mais uma consciência de presença e uma noção interior de duração.

(135.9) 12:5.10 Sendo não-espirituais, os animais conhecem apenas o passado e vivem no presente. O homem, residido pelo espírito, tem poderes de previsão (o discernimento interior); ele pode visualizar o futuro. Apenas as atitudes que consideram o futuro e que sejam progressivas, são pessoalmente reais. A ética estática e a moralidade tradicional estão apenas ligeiramente acima do nível animal. Nem o estoicismo é uma alta ordem de auto-realização. A ética e a moral tornam-se verdadeiramente humanas quando são dinâmicas e progressivas, vivas com a realidade do universo.

(135.10) 12:5.11 A personalidade humana não é meramente uma concomitância de eventos, no tempo e no espaço; a personalidade humana pode também atuar como causa cósmica de tais eventos.

6. O Supercontrole Universal


(135.11) 12:6.1 O universo é não estático. A estabilidade não é o resultado da inércia, mas antes o produto de energias equilibradas, de mentes cooperativas, de morôncias coordenadas, de supercontrole espiritual e de unificação da personalidade. A estabilidade sempre é integralmente proporcional à divindade.

(135.12) 12:6.2 No controle físico do universo-mestre, o Pai Universal exerce a prioridade e a primazia por meio da Ilha do Paraíso; Deus é absoluto, na administração espiritual do cosmo, na pessoa do Filho Eterno. No que concerne aos domínios da mente, o Pai e o Filho funcionam coordenadamente por meio do Agente Conjunto.

(136.1) 12:6.3 A Terceira Fonte e Centro presta assistência na manutenção do equilíbrio e na coordenação das energias físicas e espirituais combinadas, e nas suas organizações, mediante a absolutez do seu controle da mente cósmica e pelo exercício dos seus complementos inerentes e universais de gravidade física e espiritual. Sempre e em qualquer lugar onde ocorrer uma ligação entre o material e o espiritual, esse fenômeno mental é um ato do Espírito Infinito. Apenas a mente pode interassociar as forças e as energias físicas do nível material aos poderes espirituais e aos seres no nível do espírito.

(136.2) 12:6.4 Em toda a vossa contemplação dos fenômenos universais, assegurai-vos de estardes levando em consideração a inter-relação das energias físicas, intelectuais e espirituais, e de terdes na devida conta os fenômenos inesperados correspondentes à unificação delas, pela personalidade; assegurai-vos também de considerar os fenômenos imprevisíveis que resultam das ações e reações da Deidade experiencial e dos Absolutos.

(136.3) 12:6.5 O universo é altamente previsível, apenas no sentido quantitativo ou da medida da gravidade; mesmo as forças físicas primais não reagem à gravidade linear, nem o fazem os significados mais elevados da mente, nem os verdadeiros valores espirituais das realidades universais últimas do universo. Qualitativamente, o universo não é altamente previsível, no que diz respeito a novas associações de forças, sejam elas físicas, mentais ou espirituais; embora muitas dessas combinações de energias ou de forças tornem-se parcialmente previsíveis, quando sujeitas à observação crítica. Quando a matéria, a mente e o espírito estão unificados pela personalidade da criatura, ficamos totalmente incapazes de predizer as decisões do livre-arbítrio de tal ser.

(136.4) 12:6.6 Todas as fases da força primordial, o espírito nascente, ou outras ultimidades não pessoais, parecem reagir de acordo com certas leis relativamente estáveis, mas desconhecidas, e são caracterizadas por uma latitude de atuação e uma elasticidade de resposta freqüentemente desconcertantes, quando encontradas nos fenômenos de uma situação circunscrita e isolada. Qual é a explicação dessa liberdade imprevisível de reação, revelada por essas factualidades emergentes do universo? Esses dados imprevistos, desconhecidos e insondáveis — se pertinentes ao comportamento de uma unidade de força primordial, à reação de um nível não identificado da mente, ou ao fenômeno de um vasto pré-universo em vias de ser feito, nos domínios do espaço exterior — provavelmente revelam as atividades do Último e as atuações-presenças dos Absolutos, que precedem à função de todos os Criadores dos universos.

(136.5) 12:6.7 Nós não sabemos realmente, mas supomos que uma versatilidade assim surpreendente e uma coordenação tão profunda signifiquem a presença e a atuação dos Absolutos, e que tal diversidade de resposta, em face de causações aparentemente uniformes, revele a reação dos Absolutos, não apenas à causação imediata e situacional, mas também a todas as outras causações relacionadas a todo o universo-mestre.

(136.6) 12:6.8 Os indivíduos têm os seus guardiães de destino; os planetas, os sistemas, as constelações, os universos e os superuniversos, cada um tem os seus respectivos governantes que trabalham para o bem-estar nos seus domínios. Havona e mesmo o grande universo são supervisionados por aqueles que foram investidos dessas altas responsabilidades. Mas quem fomenta e atende às necessidades fundamentais do universo-mestre, como um todo, do Paraíso até o quarto nível, o mais externo do espaço? Existencialmente esta supraproteção é atribuível, provavelmente, à Trindade do Paraíso, mas, de um ponto de vista experiencial, o surgimento dos universos pós-Havona depende:

(136.7) 12:6.9 1. Dos Absolutos, quanto ao potencial.
(136.8) 12:6.10 2. Do Último, quanto à direção.
(137.1) 12:6.11 3. Do Supremo, para a coordenação evolucionária.
(137.2) 12:6.12 4. Dos Arquitetos do Universo-Mestre, para a administração antes do aparecimento de governantes específicos.

(137.3) 12:6.13 O Absoluto Inqualificável penetra todo o espaço. Não estamos inteiramente esclarecidos quanto ao status exato da Deidade e dos Absolutos Universais, mas sabemos que estes últimos funcionam onde funcionam a Deidade e o Absoluto Inqualificável. O Absoluto da Deidade pode estar universalmente presente, mas dificilmente está presente espacialmente. O Último está, ou estará em algum tempo, presente espacialmente até junto às margens do quarto nível espacial. Duvidamos que o Último terá jamais uma presença espacial, para além da periferia do universo-mestre, mas, dentro deste limite, o Último está integrando progressivamente a organização criadora dos potenciais dos três Absolutos.

7. A Parte e o Todo


(137.4) 12:7.1 Há uma lei inexorável e impessoal, a qual é equivalente à função de uma providência cósmica, que está atuando durante a totalidade do tempo e do espaço e abrange toda a realidade, qualquer que seja a sua natureza. A misericórdia caracteriza a atitude do amor de Deus pelo indivíduo; a imparcialidade motiva a atitude de Deus para com a totalidade. A vontade de Deus não prevalece necessariamente na parte — no coração de uma personalidade qualquer — , mas a Sua vontade, na verdade, governa o todo: o universo dos universos.

(137.5) 12:7.2 Em todas as Suas relações com todos os Seus seres, é verdade que as leis de Deus não são inerentemente arbitrárias. Para vós, com a vossa visão limitada e o vosso ponto de vista finito, os atos de Deus muitas vezes podem parecer ditatoriais e arbitrários. As leis de Deus são apenas os hábitos de Deus, o Seu modo repetido de fazer as coisas; e Ele sempre faz todas as coisas bem. Vós observais que Deus faz a mesma coisa do mesmo modo, repetida e simplesmente, porque aquele é o melhor modo de se fazer aquela coisa em particular, em uma dada circunstância; e o melhor modo é o modo certo e, dessa forma, a sabedoria infinita sempre ordena que seja feito daquela maneira, precisa e perfeita. Vós deveríeis lembrar-vos também de que a natureza não é um ato exclusivo da Deidade; outras influências estão presentes nesses fenômenos aos quais o homem chama de natureza.

(137.6) 12:7.3 É repugnante à natureza divina sofrer qualquer tipo de deterioração ou jamais permitir a execução de qualquer ato puramente pessoal, de um modo inferior. Todavia, deveria ficar bem claro que, se, na divindade de qualquer situação, no ponto extremo de qualquer circunstância, em qualquer caso em que o curso da sabedoria suprema possa indicar a busca de uma conduta diferente — caso as buscas da perfeição pudessem, por qualquer razão, ditar outro método de reação, um método melhor, então e ali o Deus pleno de sabedoria iria funcionar daquele modo melhor e mais adequado. Essa seria, sim, a expressão de uma lei mais elevada, não a revogação de uma lei menor.

(137.7) 12:7.4 Deus não é um escravo, por meio do hábito, à repetição crônica dos seus próprios atos voluntários. Não há conflito entre as leis do Infinito; elas são todas perfeições de natureza infalível; todas são atos inquestionáveis expressando decisões sem defeitos. A lei é a reação imutável de uma mente infinita, perfeita e divina. Os atos de Deus são todos volicionais, apesar da sua aparente semelhança. Em Deus “não há variabilidade, nem sequer a sombra de mudança”. Mas tudo isso que pode ser dito verdadeiramente do Pai Universal, não pode ser dito com igual certeza de todas as Suas inteligências subordinadas, nem das Suas criaturas evolucionárias.

(137.8) 12:7.5 Porque Deus é imutável, vós podeis confiar, em todas as circunstâncias ordinárias, que Ele faça sempre a mesma coisa, do mesmo modo, idêntico e usual. Deus é a garantia da estabilidade, para todas as coisas e seres criados. Ele é Deus; portanto, Ele não muda.

(138.1) 12:7.6 E toda essa firmeza de conduta e essa uniformidade de ação são pessoal, consciente e altamente volitivas, pois o grande Deus não é um escravo indefeso da Sua própria perfeição e infinitude. Deus não é uma força automática auto-atuante; Ele não é um poder servil limitado por leis. Deus não é também uma equação matemática, nem uma fórmula química. Ele é uma personalidade primordial e de livre-arbítrio. Ele é o Pai Universal, um Ser superdotado de personalidade e a Fonte universal da personalidade para todas as criaturas.

(138.2) 12:7.7 A vontade de Deus não prevalece uniformemente no coração do mortal material que busca a Deus, mas, se a moldura do tempo for ampliada para além do momento, até abranger a totalidade da primeira vida, a vontade de Deus tornar-se-á cada vez mais discernível, nos frutos espirituais que nascem nas vidas dos filhos de Deus, conduzidos pelo espírito. E então, se a vida humana for ampliada ainda mais, a ponto de incluir a experiência moroncial, observar-se-á a vontade divina resplandecendo com um brilho cada vez maior nos atos espiritualizantes daquelas criaturas do tempo, que começaram a saborear as delícias divinas de experienciar a relação da personalidade do homem com a personalidade do Pai Universal.

(138.3) 12:7.8 A Paternidade de Deus e a fraternidade do homem apresentam o paradoxo da parte e do todo, no nível da personalidade. Deus ama cada indivíduo como um filho individual da família celeste. Entretanto, Deus ama ainda assim a cada indivíduo; não faz acepção de pessoas, e a universalidade do seu amor traz à vida uma relação com o todo, a irmandade universal.

(138.4) 12:7.9 O amor do Pai individualiza absolutamente cada personalidade, como um filho único do Pai Universal, um filho sem duplicatas na infinitude, uma criatura de vontade insubstituível, em toda a eternidade. O amor do Pai glorifica cada filho de Deus, iluminando cada membro da família celeste, destacando nitidamente a natureza única de cada ser pessoal, em contraste com os níveis impessoais que estão fora do circuito fraternal do Pai de todos. O amor de Deus retrata vivamente o valor transcendente de cada criatura de vontade e, inequivocamente, revela o alto valor que o Pai Universal dá a cada um dos seus filhos, desde a personalidade mais elevada de criador, com status de Paraíso, à mais baixa personalidade com dignidade de vontade entre as tribos de homens selvagens, durante o despertar das espécies humanas, em algum mundo evolucionário do tempo e do espaço.

(138.5) 12:7.10 Esse mesmo amor de Deus pelo indivíduo traz à existência a família divina de todos os indivíduos, a fraternidade universal dos filhos de livre-arbítrio do Pai do Paraíso. E essa irmandade, sendo universal, é um relacionamento do todo. A fraternidade, quando universal, revela, não a relação de cada um, mas a relação do todo. A fraternidade é uma realidade total e, portanto, apresenta qualidades do todo em contrapartida com as qualidades da parte.

(138.6) 12:7.11 A fraternidade constitui um fato de relacionamento entre cada personalidade, na existência universal. Nenhuma pessoa pode escapar dos benefícios ou das penalidades que podem advir como resultado do relacionamento com outras pessoas. A parte beneficia-se, ou padece, na mesma medida do todo. O bom esforço, de cada homem, beneficia a todos os homens; o mal ou o erro, de cada homem, aumenta a atribulação de todos os homens. Na medida que a parte se move, assim move-se o todo. À medida que o todo progride, assim progride a parte. As velocidades relativas da parte e do todo determinam se a parte está sendo retardada pela inércia do todo, ou se está sendo levada à frente pelo impulso da força viva da fraternidade cósmica.

(139.1) 12:7.12 É um mistério que Deus seja um Ser autoconsciente altamente pessoal, com um centro de governo residencial, e que, ao mesmo tempo, Ele esteja pessoalmente presente em um universo tão vasto e esteja pessoalmente em contato com um número quase infinito de seres. Esse fenômeno, pois, sendo um mistério além da compreensão humana, não deveria em nada diminuir a vossa fé. Não permitais que a grandeza da infinitude, que a imensidão da eternidade e que a grandiosidade e a glória do incomparável caráter de Deus, vos façam vacilar, que vos desencorajem ou vos desalentem; pois o Pai não está longe de cada um de vós; Ele reside dentro de vós e, Nele, todos nós literalmente movemo-nos, vivemos de fato e, verdadeiramente, temos o nosso ser.

(139.2) 12:7.13 Ainda que o Pai do Paraíso funcione por intermédio dos Seus criadores divinos e dos Seus filhos criaturas, Ele também Se compraz com o contato interior mais íntimo convosco, tão sublime, tão altamente pessoal, que está mesmo além da minha compreensão — aquela comunhão misteriosa, do fragmento do Pai, com a alma humana e com a mente mortal de sua real morada. Sabendo o que fazeis com essas dádivas de Deus, conseqüentemente, sabereis que o Pai está em contato íntimo, não apenas com os Seus coligados divinos, mas também com os Seus filhos evolucionários mortais do tempo. O Pai de fato habita no Paraíso, mas a Sua presença divina também reside nas mentes dos homens.

(139.3) 12:7.14 Ainda que o espírito de um Filho tenha sido vertido sobre toda a carne, embora um Filho haja morado convosco, certa vez, à semelhança da carne mortal, embora um serafim pessoalmente vos guarde e vos guie, como podem quaisquer desses seres divinos, do Segundo e do Terceiro Centro, jamais esperar chegar tão perto de vós ou vos compreender tão completamente quanto o Pai, que deu uma parte de Si próprio para ficar em vós, para ser o vosso eu real e divino, e eterno mesmo?

8. A Matéria, a Mente e o Espírito

(139.4) 12:8.1 “Deus é espírito”, mas o Paraíso não o é. O universo material é sempre a arena onde todas as atividades espirituais têm lugar; os seres espirituais e os espíritos ascendentes vivem e trabalham em esferas físicas de realidade material.

(139.5) 12:8.2 A outorga da força cósmica, o domínio da gravidade cósmica é a função da Ilha do Paraíso. Toda a energia-força original provém do Paraíso, e a matéria, com a qual se fazem os universos incontáveis, circula agora por todo o universo-mestre, na forma de uma presença de supragravidade, que constitui a carga-potência do espaço preenchido.

(139.6) 12:8.3 Qualquer que sejam as transformações da potência, no delineamento dos universos, tendo saído do Paraíso, ela viaja sujeita ao impulso infindável, sempre presente e infalível da Ilha Eterna, obediente e inerentemente girando, para sempre, nas trajetórias, no eterno espaço dos universos. A energia física é a única realidade verdadeira e fiel, na sua obediência à lei universal. Apenas nos domínios da volição da criatura tem havido desvio da trajetória divina e dos planos originais. A potência e a energia são as evidências universais da estabilidade, constância e eternidade da Ilha Central do Paraíso.

(139.7) 12:8.4 A outorga do espírito e a espiritualização das personalidades, reinos da gravitação espiritual, são do domínio do Filho Eterno. E essa gravidade espiritual do Filho, sempre atraindo todas as realidades espirituais para Si próprio, é tão real e absoluta quanto a todo-poderosa atração material da Ilha do Paraíso. Mas o homem, de mente material, está naturalmente mais familiarizado com as manifestações materiais de natureza física do que com as operações de natureza espiritual, igualmente reais e poderosas, discernidas apenas pela clarividência espiritual interna da alma.

(140.1) 12:8.5 À medida que a mente de qualquer personalidade no universo torna-se mais espiritual — mais semelhante a Deus — ela passa a ser menos sensível à gravidade material. A realidade, medida pela sua sensibilidade de resposta à gravidade física, é a antítese da realidade, enquanto determinada pela qualidade do conteúdo espiritual. A ação da gravidade física é um determinante quantitativo da energia não-espiritual; a ação da gravidade espiritual é a medida qualitativa da energia viva da divindade.

(140.2) 12:8.6 Aquilo que o Paraíso é para a criação física, e aquilo que o Filho Eterno é para o universo espiritual, o Agente Conjunto é para os domínios da mente — o universo inteligente dos seres e personalidades materiais, moronciais e espirituais.

(140.3) 12:8.7 O Agente Conjunto reage tanto às realidades materiais quanto às realidades espirituais e, por isso, inerentemente, torna-se o ministrador universal de todos os seres inteligentes, que podem representar uma união para ambas fases da criação, a material e a espiritual. O dom da inteligência, a ministração ao material e ao espiritual, no fenômeno da mente, é domínio exclusivo do Agente Conjunto, que se torna, assim, o parceiro da mente espiritual, a essência da mente moroncial e a substância da mente material das criaturas evolucionárias do tempo.

(140.4) 12:8.8 A mente é a técnica por meio da qual as realidades espirituais tornam-se experienciais, para as personalidades criaturas. E as possibilidades unificadoras da própria mente humana, a aptidão para coordenar as coisas, idéias e valores, em última análise, é supramaterial.

(140.5) 12:8.9 Embora dificilmente seja possível para a mente mortal compreender os sete níveis da realidade cósmica relativa, o intelecto humano deveria ser capaz de compreender muito do significado dos três níveis de funcionamento da realidade finita:

(140.6) 12:8.10 1. A Matéria. A energia organizada, que está sujeita à gravidade linear, a não ser quando ela é modificada pelo movimento e condicionada pela mente.
(140.7) 12:8.11 2. A Mente. A consciência organizada, que não está inteiramente sujeita à gravidade material e que se torna verdadeiramente liberada quando modificada pelo espírito.
(140.8) 12:8.12 3. O Espírito. A realidade pessoal mais elevada. O verdadeiro espírito não está sujeito à gravidade física, mas acaba tornando-se a influência motivadora de todos os sistemas de energia em evolução, com dignidade de personalidade.

(140.9) 12:8.13 A meta da existência de todas as personalidades é o espírito; as manifestações materiais são relativas, e a mente cósmica atua entre esses opostos universais. A outorga da mente e a ministração do espírito são o trabalho das pessoas associadas da Deidade, o Espírito Infinito e o Filho Eterno. A realidade da Deidade total não é a mente, mas a mente-espírito — a mente-espírito unificada pela personalidade. Contudo, os absolutos, tanto do espírito quanto do objeto (coisa), convergem na pessoa do Pai Universal.

(140.10) 12:8.14 No Paraíso, as três energias, a física, a mental e a espiritual, são coordenadas. No cosmo evolucionário a matéria-energia é predominante em tudo, menos na personalidade; e nesta, e para a mestria desta, o espírito luta, com a mediação da mente. O espírito é a realidade fundamental da experiência da personalidade de todas as criaturas, pelo fato de que Deus é espírito. O espírito é imutável e, portanto, em todas as relações de personalidade, ele transcende tanto à matéria quanto à mente, que são variáveis experienciais de realização progressiva.

(140.11) 12:8.15 Na evolução cósmica, a matéria torna-se uma sombra filosófica lançada pela mente, em presença da luminosidade espiritual do esclarecimento divino, entretanto isso não invalida a realidade da energia-matéria. A mente, a matéria e o espírito são igualmente reais, todavis, para a personalidade, possuem valores diferentes na sua busca de alçançar a divindade. A consciência que se pode ter da divindade é uma experiência espiritual progressiva.

(141.1) 12:8.16 Quanto mais brilhante o resplendor da personalidade espiritualizada (o Pai, no universo; o fragmento de personalidade espiritual potencial, na criatura individual), maior a sombra lançada pela mente que atua sobre a investidura material. No tempo, o corpo do homem é tão real quanto a mente ou o espírito, mas, na morte, tanto a mente (a identidade) quanto o espírito sobrevivem, enquanto o corpo não. Uma realidade cósmica pode ser não existente na experiência da personalidade. E assim a vossa figura grega de retórica — o material, como sombra da substância espiritual, mais real — tem, sim, um significado filosófico.

9. As Realidades Pessoais

(141.2) 12:9.1 O espírito é a realidade pessoal básica nos universos; e a personalidade é básica para toda a experiência de progresso com a realidade espiritual. Cada fase da experiência da personalidade, em cada nível sucessivo da progressão no universo, está cheia de pistas para a descoberta de realidades pessoais fascinantes. O verdadeiro destino do homem consiste na criação de novas metas espirituais e, então, em responder aos atrativos cósmicos dessas metas supernas, de valor não-material.

(141.3) 12:9.2 O amor é o segredo da associação benéfica entre as personalidades. Vós não podeis realmente conhecer uma pessoa em resultado de um único contato. Vós não podeis conhecer a música de modo apreciativo, por meio da dedução matemática, mesmo sendo a música uma forma matemática de ritmo. O número designado para um assinante subscritor de um telefone não identifica a personalidade desse assinante, de nenhum modo, nem significa qualquer coisa a respeito do seu caráter.

(141.4) 12:9.3 A matemática, uma ciência material, é indispensável à conversa inteligente sobre os aspectos materiais do universo, mas tal conhecimento não é necessariamente uma parte da realização mais elevada da verdade, nem da apreciação pessoal de realidades espirituais. Não apenas nos domínios da vida, mas até mesmo no mundo da energia física, a soma de duas ou mais coisas é, muitas vezes, algo mais do que, ou algo diferente, das previsíveis conseqüências aditivas simples de tais uniões. Toda a ciência da matemática, todo o domínio da filosofia, da física ou da química mais elevadas, não poderiam jamais predizer, ou saber, que a união de dois átomos de hidrogênio gasoso com um átomo gasoso de oxigênio resultaria em uma substância nova e qualitativamente superaditiva — a água líquida. O completo entendimento desse único fenômeno físico-químico deveria ser o suficiente para impedir o desenvolvimento da filosofia materialista e da cosmologia mecanicista.

(141.5) 12:9.4 A análise técnica não revela o que uma pessoa, ou coisa pode fazer. Por exemplo: a água é usada efetivamente para extinguir o fogo. Que a água irá apagar o fogo é um fato da experiência cotidiana, mas, nenhuma análise jamais feita da água poderia revelar tal propriedade. A análise determina que a água é composta de hidrogênio e oxigênio; um estudo posterior desses elementos apenas revela que o oxigênio é o real sustentador da combustão e que o hidrogênio irá por si mesmo queimar livremente.

(141.6) 12:9.5 A vossa religião está-se tornando real porque está emergindo da escravidão do medo e da prisão da superstição. A vossa filosofia luta pela emancipação do dogma e da tradição. A vossa ciência está empenhada em uma disputa antiga entre a verdade e o erro, enquanto luta para libertar-se da limitação da abstração, da escravidão da matemática e da relativa cegueira do materialismo mecanicista.

(142.1) 12:9.6 O homem mortal tem um núcleo espiritual. A mente é um sistema de energia pessoal, que existe em torno de um núcleo espiritual divino e que funciona em um ambiente material. Essa relação viva entre a mente pessoal e o espírito, constitui, pois, o potencial da personalidade eterna no universo. O problema verdadeiro, o desapontamento duradouro, a derrota séria, ou a morte inescapável só podem advir depois que os conceitos egocêntricos tiverem tido a arrogância de deslocar totalmente o poder dominante do núcleo espiritual central, destruindo assim o esquema cósmico de identidade da personalidade.


(142.2) 12:9.7 [Apresentado por um Perfeccionador da Sabedoria, atuando por mandado dos Anciães dos Dias.]
O Livro de Urântia



*   *   *




A SAGA DE CRISTO MIGUEL - O SOBERANO DE NÉBADON







A história de Michael (Miguel) começa - pelo menos para nós nebadonianos - há cerca de quatrocentos bilhões de anos, quando o nosso universo local começou a ser organizado pelo então Filho Criador da Ordem dos Michaéis, e foi nesta época que deu início à construção de Salvington e das outras esferas-sede do universo.

Um Filho Criador, a exemplo do Filho Eterno; após criar o seu universo, experiencia a vida de suas criaturas em sete níveis da existência, no anseio de aproximar-se das experiências das seus subordinados viventes. O Filho Eterno da Trindade do Paraíso liderou o caminho dessa prática, havendo, por sete vezes, outorgado a si próprio nos sete circuitos de Havona, e continua a outorgar-se aos universos locais do tempo e do espaço, nas pessoas dos seus representantes, os Filhos Michaéis e Avonais.

O propósito dessas encarnações, como criatura, é capacitar esses Criadores a tornarem-se soberanos cada vez mais sábios, compassivos, justos e compreensivos, e acima de tudo misericordiosos.

A primeira auto-outorga: Filho Melquisedeque

A primeira auto-outorga de Michael aconteceu há quase um bilhão de anos, quando os diretores e dirigentes do universo de Nébadon, reunidos, ouviram Michael anunciar que estaria ausente por um determinado tempo. Ao terceiro dia uma comunicação foi registrada em Salvington que dizia: "Ao meio-dia de hoje apareceu, no campo de recepção deste mundo, um estranho Filho Melquisedeque, cuja numeração não é a nossa, mas que é exatamente como os da nossa ordem. Ele estava acompanhado de um omniafim solitário, que trazia credenciais de Uversa e que apresentou as ordens, dirigidas ao nosso chefe, vindas dos Anciães dos Dias e certificadas por Emanuel de Sálvington, instruindo que esse novo Filho Melquisedeque fosse recebido na nossa ordem e designado ao serviço de emergência dos Melquisedeques de Nébadon. E assim foi ordenado; e assim foi feito.

Michael viveu cem anos - do tempo de Urantia - como um Filho da Ordem Melquisedeque.

A segunda auto-outorga: Filho Lanonandeque

Quase cento e cinqüenta milhões de anos depois ocorreu uma rebelião no sistema 11, da constelação 37 e Michael novamente deixou Salvington para realizar a sua segunda auto-outorga. Três dias após a partida, apareceu no corpo de reserva dos Filhos Lanonandeques primários de Nébadon um membro novo e desconhecido, acompanhado por um tertiafim solitário que trazia as credenciais dos Anciães dos Dias de Uversa, certificadas por Emanuel de Sálvington, ordenando que esse novo Filho fosse designado para o sistema 11, da constelação 37, como sucessor do rebelde deposto, Lutêntia, como Soberano do Sistema.

Por mais de dezessete anos do tempo universal, esse estranho e desconhecido governante temporário administrou os assuntos e sabiamente sentenciou sobre as dificuldades daquele sistema local, confuso e desmoralizado. Nenhum Soberano de Sistema jamais foi amado tão ardentemente, nem honrado e respeitado com maior unanimidade. Com justiça e com misericórdia, esse novo governante colocou em ordem aquele turbulento sistema; enquanto ministrava com cuidado a todos os seus súditos, oferecendo, até mesmo ao seu predecessor rebelde o privilégio de compartilhar do trono de autoridade, caso ele apenas pedisse perdão a Emanuel, pelos seus abusos. Lutêntia, porém, desprezou todas essas aberturas de misericórdia, sabendo bem que esse novo e estranho soberano do sistema não era nenhum outro senão Michael, o mesmo governante do universo a quem ele havia, muito recentemente, desafiado. Todavia, milhões de seguidores desviados e iludidos aceitaram o perdão desse novo governante, conhecido, naquela época, como o Soberano Salvador do sistema de Palônia.

A terceira auto-outorga: Filho Material

Numa época posterior uma nova rebelião explodiu, agora no sistema 87 da constelação 61, e alguns mundos foram submetidos à quarentena. Foi nesta época que os Portadores da Vida fez uma solicitação, que um Filho Material fosse enviado ao planeta 217 afim de trabalhar como assistente deles.

Michael, mais uma vez, ausentou-se de Salvington, aparecendo, ao terceiro dia na sede do sistema 87, acompanhado por um seconafim solitário. Imediatamente, o Soberano do Sistema em exercício apontou esse novo e misterioso Filho Material, como Príncipe Planetário do mundo 217; e essa designação foi imediatamente confirmada pelos Altíssimos da constelação.

E esse Filho Material excepcional iniciou sua difícil carreira em um mundo em quarentena, assim como nosso, havia sido assolado por uma rebelião sistêmica e sem nenhuma comunicação direta com o resto do universo; trabalhou sozinho, durante uma geração inteira de uma época planetária. No devido tempo, um casal de Filhos Materiais - Adão e Eva - chegaram a esse mundo rejuvenescido e redimido; e depois de estarem devidamente instalados como governantes planetários visíveis, esse Príncipe misterioso partiu, ao meio-dia. Três dias depois Michael reapareceu no seu lugar costumeiro, em Sálvington.

A quarta auto-outorga: Serafim

Foi no final de uma dispensação milenar periódica de Uversa que Michael procedeu no sentido de colocar, mais uma vez, o governo de Nébadon nas mãos de Emanuel e partir para a sua quarta auto-outorga. Três dias após o seu desaparecimento, as transmissões reportaram a chegada não anunciada de um serafim desconhecido, na sede-central seráfica de Nébadon, acompanhado por um supernafim solitário e por Gabriel de Sálvington.

Michael ficou ausente de Sálvington por mais de quarenta anos-padrão do universo. Durante sete anos ele permaneceu como conselheiro seráfico de ensino, funcionando em vinte e dois mundos diferentes. O seu compromisso último, ou terminal, foi como conselheiro e ajudante ligado a uma missão de auto-outorga de um Filho Instrutor da Trindade, no mundo 462, do sistema 84, da constelação 3, do universo de Nébadon.

A quinta auto-outorga: Peregrino Ascendente

Pouco mais de trezentos milhões de anos atrás - do tempo de Urântia - Michael deu início às preparações de sua partida, mas dessa vez foi diferente, antes Ele anunciou que o seu destino era Uversa, a sede-central do superuniverso de Orvônton. E, pouco depois de parti, as transmissões de Uversa, relatava: "Chegou hoje um peregrino ascendente, não anunciado e não numerado, de origem mortal, vindo do universo de Nébadon, certificado por Emanuel de Sálvington e acompanhado por Gabriel de Nébadon. Esse ser não identificado apresenta o status de um verdadeiro espírito e foi recebido na nossa fraternidade".

Até os dias de hoje ouve-se contar sobre Eventod, um peregrino ascendente especial e desconhecido, que viveu e atuou em Uversa, por um período de onze anos, do tempo-padrão de Orvônton. Esse ser recebeu as designações e cumpriu os deveres de um espírito mortal, em comum com os seus companheiros de vários outros universos locais. Sob "todos os pontos de vista, foi testado e provado, do mesmo modo que os seus companheiros"; e, em todas as ocasiões, demonstrou ser digno da confiança e da fé dos seus superiores e, ao mesmo tempo, infalivelmente atraiu para si o respeito e a admiração leal dos seus semelhantes.

A sexta auto-outorga: Mortal Moroncial

Sálvington já estava familiarizada com os preliminares de uma auto-outorga iminente. Michael reuniu os residentes e, pela primeira vez, revelou o plano de encarnação, anunciando seu propósito de assumir a carreira de um mortal moroncial, e então partiu, acompanhado por um serafim solitário e por Gabriel.

Michael apareceu na sede-central da constelação 5, como um mortal moroncial amadurecido, de status ascendente. Foi uma das mais extraordinárias e surpreendentes épocas nas experiências de auto-outorga de Michael; mais extraordinária ainda que a sua dramática e trágica permanência em Urântia, em sua sétima e última outorga.

Gabriel enviou notícias à Salvington, afirmando que o retorno de Michael estava próximo, que em breve Ele se liberaria da outorga moroncial; então uma grande recepção foi preparada. Milhões e milhões de seres, vindos dos mundos-sede das constelações, e a maioria dos residentes nos mundos adjacentes a Sálvington reuniu-se para dar-lhe as boas-vindas, como governante do universo. Diante dessas manifestações de boas-vindas e expressões de apreço feitas ao Soberano tão vitalmente interessado nas suas criaturas, ele respondeu tão somente: "Eu tenho apenas cuidado dos assuntos do meu Pai. Estou apenas dando cumprimento à satisfação dada aos Filhos do Paraíso, de amar e buscar compreender as suas criaturas".

A sétima e última auto-outorga: Carne Mortal


Por dezenas de milhares de anos, Salvington esperava, ansiosamente, pela sétima e última auto-outorga de Michael. Gabriel já havia revelado que essa outorga terminal seria feita à semelhança da carne mortal. O anúncio público de que Michael havia escolhido Urântia, como cenário dessa outorga final, foi feito pouco tempo após o relato do erro cometido por Adão e Eva. Trinta e cinco mil anos se passaram até que Michael surgiu como um bebê desamparado e indefeso deste reino. Até então, ele sempre surgira como um indivíduo já desenvolvido, mas o anúncio emocionante que foi transmitido em Salvington dizia que a criança de Belém havia nascido em Urântia, ao meio-dia de 21 de Agosto do ano menos 7 dessa era.

Joshua ben José (Jesus) foi concebido e nasceu exatamente como quaisquer outros meninos, antes e depois, exceto pelo fato de que era a encarnação de Michael de Nébadon, um Filho divino do Paraíso e o Criador de todas as coisas e seres deste universo local. E esse mistério da encarnação da Deidade na forma humana de Jesus, cuja origem pareceria natural ao mundo, permanecerá insolúvel para sempre. Esse segredo pertence a Sonárington; e tais mistérios são da exclusiva posse desses Filhos divinos que passaram pela experiência da auto-outorga.

Por 36 anos - do nosso tempo - todos os olhos em todas as partes deste universo, focalizaram-se neste pequeno planeta para acompanhar os passos do Criador vivendo a criatura. Jesus morreu pouco antes das três horas da tarde no dia 7 de Abril do ano 30. Depois de sua morte ainda apareceu para seus apóstolos e discípulos em várias ocasiões; despediu-se e os orientou para a vida difícil que eles teriam a enfrentar, deixando a promessa que enviaria o Espírito da Verdade para consolar os corações e ainda, que uma dia voltaria a Urantia afim de fazer-nos uma visita.

Depois desse período retornou a Salvington, quando foi proclamado como o Governante Soberano de Nébadon. Agora governa soberanamente ao lado de sua consorte, a Ministra Divina



Extraído de "O Livro de Urântia", ver mais em http://minhamestria.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, amigos! Gostaríamos imensamente de saber sua opinião sobre nosso Blog, por isso... Não sejam tímidos! Deixem aqui seus comentários...:D